Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ator Raphael Logam afirmou que está cansado de interpretar criminosos na televisão. “Só cara de mau e segurar arma não rola para mim, tem que ter um propósito”, declarou. Apesar disso, Logam ainda estará associado a esse tipo de papel por algum tempo, já que seu personagem Evandro, da série “Impuros”, continua sendo um sucesso e a produção foi renovada para a sexta temporada, com a quinta estreando no Disney+ no próximo dia 24 de julho.
Logam admite que, inicialmente, recusou por cinco anos papéis semelhantes, até que a proposta de interpretar Evandro, protagonista da série ‘Impuros’ apareceu: “Produtores de elenco me ligavam e era sempre mais do mesmo. Até que chegou a proposta do Evandro, com uma curva dramática que me colocou em outro patamar. Quando ele morrer, morreu para mim. Será meu último criminoso”, diz.
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Atualmente, Logam se desdobra entre diversos papéis. Além de Evandro, que lhe rendeu duas indicações ao Emmy Internacional como ‘Melhor Ator’, ele interpreta o vilão Hans em “Família É Tudo” (Globo) e o carcereiro Jesus Pedra em “O Jogo Que Mudou a História” (Globoplay). Sobre seus personagens, Logam comenta que, apesar de Hans ser um diretor de empresa inescrupuloso, é Jesus Pedra quem mais se aproxima de sua visão de integridade, tentando mudar o sistema penitenciário, mesmo sem sucesso.
O ator também reflete sobre sua conexão com a favela, ressaltando suas origens e a vida da família na Rocinha. “Parte da minha família é toda da Rocinha e a outra é espalhada. Na infância eu subia a favela todos os dias para ficar com minhas primas, me sentia livre. No asfalto aprendi a ter postura”, compartilha Logam, acrescentando que sua mãe ainda trabalha como empregada doméstica na mesma casa há décadas.
Logam desafia a ideia de que “a favela venceu”, argumentando que os problemas da comunidade permanecem. Para ele, a verdadeira vitória só virá quando o estado prestar contas ao povo da favela. Além de sua carreira de ator, Logam se dedica à capoeira há 36 anos e tem escolinhas tanto no Rio quanto na França, onde ministra palestras esporadicamente. Ele ainda sonha em adaptar um romance escrito por seu mestre de capoeira em 1971 para uma produção no Disney+, que considera seu maior projeto até hoje.
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