O Observatório da Branquitude divulgou, na última quarta-feira, 3, o boletim “Supremacia branca: a branquitude organizada“, que mostra a interligação entre a supremacia branca e a branquitude no Brasil, destacando como ambas perpetuam vantagens socioeconômicas para a população branca.
Ao trazer um apanhado de estudos sobre o tema, o boletim mostra como a supremacia branca é identificada como a forma pela qual a branquitude se organiza para sustentar suas vantagens. Esses grupos supremacistas celebram abertamente suas posições privilegiadas, frequentemente se associando a ideologias de extrema-direita, como o nazismo. Em contraste, a branquitude atua de maneira menos visível, rateando os benefícios sem explicitamente reconhecer os privilégios que possui, contribuindo para a manutenção das desigualdades raciais.
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O documento enfatiza que as transformações sociais impulsionadas por questões raciais contemporâneas têm origem na branquitude. A branquitude, ao se posicionar como a identidade normativa, continua a desumanizar outros grupos raciais. Este processo é evidenciado na forma como a identidade branca se coloca no centro das discussões públicas, negligenciando as experiências e as vozes de minorizados.
A pesquisa também indica que as relações sociais no Brasil são estruturadas de modo a perpetuar as vantagens associadas à branquitude. A desumanização de outros grupos é parte integrante deste processo, uma vez que sustenta a superioridade percebida dos brancos. O estudo sugere que a branquitude utiliza a discriminação implícita para manter suas vantagens, enquanto a supremacia branca reforça essas dinâmicas através de ações e discursos explícitos de ódio.
O boletim conclui que a desconstrução da supremacia branca e da branquitude é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A conscientização sobre os privilégios brancos e a necessidade de reconhecer e enfrentar as desigualdades são apresentadas como passos fundamentais nesse processo.
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