A Prefeitura do Rio de Janeiro e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) lançaram nesta quinta-feira (4/7) um concurso para selecionar projetos arquitetônicos destinados à construção do novo Centro Cultural Rio-África. O espaço será instalado no antigo prédio da maternidade Pró-Matre, na região da Pequena África, próximo ao Cais do Valongo, na Zona Portuária do Rio. Apenas arquitetos negros poderão participar do concurso.
O concurso distribuirá um total de R$ 105 mil aos três primeiros colocados, e o vencedor será contratado para desenvolver o projeto, estimado em R$ 30 milhões. Podem participar arquitetos negros brasileiros e africanos de países lusófonos. Os projetos serão avaliados pela solução técnica proposta para a implementação do centro cultural, que buscará promover a arte e a cultura afro-brasileira e destacar a história da Pequena África.
O projeto, coordenado pela Companhia Carioca de Parcerias e Investimento (CCPAR) e a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial da Casa Civil, tem como objetivo valorizar a cultura afro-brasileira. O prefeito Eduardo Paes destacou a importância do novo museu, afirmando que ele contará a história das desigualdades e injustiças enfrentadas pela população negra no Brasil.
Yago Feitosa, coordenador de Promoção e Igualdade Racial, ressaltou a singularidade do novo espaço, voltado para a arte contemporânea negra e centrado nos valores do afro-futurismo. A iniciativa faz parte de um conjunto de ações da Prefeitura para promover a igualdade racial, incluindo a criação da Cátedra da Pequena África e Território Inventivo e o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB).
O concurso será realizado em quatro fases, começando com a pré-produção em junho. As inscrições estarão abertas de 5 de julho a 30 de agosto, e as propostas devem ser enviadas até 30 de setembro. A presidente do IAB, Marcela Ablas, enfatizou a importância do concurso para a construção de uma sociedade mais justa e menos desigual.