A deputada estadual do Rio de Janeiro, Renata Souza, registrou um boletim de ocorrência na última terça-feira, 11, denunciando ameaças de morte que ela e sua equipe receberam pelo e-mail de seu gabinete e nas redes sociais, na madrugada do dia 10 de junho. A parlamentar contou que a pessoa que enviou as ameaças afirma ter os dados pessoais de Souza, além de se identificar como um homem e dizer ser menor de idade.
“São ameaças gravíssimas e eu não posso naturalizar qualquer tipo de ameaça contra a minha vida ou contra a vida de qualquer pessoa, em especial, na sua atuação enquanto uma mulher negra na política. A nossa atuação incomoda porque ousamos lutar dentro de vários espaços em defesa da população vulnerável”, contou Renata em entrevista para o G1 após registrar ocorrência.
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Em um comentário sobre o ocorrido no Jornal das 10, na Globo News, a jornalista Flávia Oliveira, destacou que o caso “É sobretudo uma mensagem de violência política, e digo isso não só porque ameaça uma parlamentar eleita, uma parlamentar no exercício do mandato, mas essa mensagem chegou pelo e-mail do gabinete, a ferramenta de trabalho do parlamentar, e ameaça violência física dentro do gabinete, dentro do parlamento, dentro da assembleia legislativa do Rio de Janeiro. Eu faço essa ênfase para gente conseguir qualificar todas as dimensões de violência contidas nessa mensagem dirigida a Renata Souza. E que não é um ineditismo, a gente já teve o assassinato de Marielle Franco, mas a gente já teve episódios recorrentes de racismo, de ataques, de ofensas a parlamentares mulheres, não se trata somente de uma agressão a uma mulher, a um indivíduo. Se trata de um ataque ao que ela representa e, em última instância, a democracia brasileira, porque isso produz intimidação”, destacou.
A jornalista ainda pontua que é necessário cobrar providências das autoridades: “Quantas mulheres podem desistir ou quantas mulheres efetivamente já desistiram em razão desse ambiente político absolutamente tóxico que acontece no Brasil, mas que no Rio de Janeiro já chegou a um feminicídio político. E a gente não pode ter dois. A gente tem que efetivamente, como sociedade, se levantar, se indignar e cobrar providências das autoridades constituídas”.
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