Um dos maiores sucessos cinematográficos do ano, ‘Duna 2’ está sendo criticado pela falta de inclusão de atores negros no elenco. A versão de Denis Villeneuve é uma adaptação do clássico literário de ficção científica de Frank Herbert, lançado em 1965. A obra, por sua vez, que aborda aspectos de uma guerra intergaláctica, possui inspiração na cultura e em eventos históricos do Oriente Médio e do Norte de África.
Especialistas de cinema do mundo todo, questionaram ‘Duna 2’ pela falta de escalação de atores negros para papéis falados, com escolhas de produção que, por sua vez, acabam diminuindo a influência do continente africano para a obra literária. No novo longa, que já arrecadou mais de U$ 575 milhões em bilheteria pelo mundo todo, Villeneuve oferece uma exploração mais profunda de Arrakis e de seus habitantes, os Fremen, cujas vidas são mudadas pela chegada e ascensão ao poder de Paul Atreides, um forasteiro cujas ações ditam o destino de sua sociedade.
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A Guerra da Independência da Argélia, marcada por ser uma das mais árduas, culminou com os argelinos conquistando a independência da França. Essa significativa luta histórica concluiu-se apenas três anos antes do lançamento do primeiro romance ‘Duna’. Brian Herbert, filho do autor, reconheceu que os argelinos e os “beduínos do planalto árabe”, que viviam isolados da civilização por extensas áreas desertas, estavam entre os povos do Oriente Médio e Norte da África que serviram de inspiração para os Fremen na obra de Herbert.
“Desde o uso de contas e prostração nas orações pelos Fremen, até a língua quase árabe, frases extraídas de textos religiosos e o uso de véus, parece que ‘Duna’ se inspira fortemente no Islã, no Oriente Médio e As culturas do Norte de África, ao mesmo tempo, nos apagam das telas”, escreveu a jornalista Furvah Shah em análise para a revista Cosmopolitan Reino Unido.
Em entrevista para a revista Variety, Amani Al-Khatahtbeh comentou sobre a falta de oportunidades para atores negros. “Uma das grandes coisas que ouvimos quando se trata de pessoas do Oriente Médio sendo escaladas ou de pessoas negras sendo escaladas é que não há talento suficiente”, disse. “No entanto, não há hesitação nem desafio para a indústria em colocar esses atores dessas origens nos papéis estereotipados de terroristas ou vilões. Convenientemente, temos um excedente de atores do Médio Oriente quando se trata de retratos negativos.”
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