No último dia 2 de janeiro, Claudine Gay, primeira mulher negra nomeada presidente da Universidade de Harvard, anunciou sua renúncia ao cargo. Sua saída foi motivada por uma série de controvérsias que surgiram após um depoimento no Congresso dos Estados Unidos, onde foi questionada sobre manifestações pró Palestina que ocorreram no campus da instituição.
As tensões aumentaram após esse depoimento, quando Gay foi questionada se as manifestações realizadas pelos alunos de Harvard pedindo o genocídio do povo judeu seriam uma violação das regras contra o assédio e o bullying na universidade. A então reitora respondeu com a frase: “Podem ser, dependendo do contexto”, considerada evasiva.
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Além disso, acusações de plágio foram direcionadas a Gay, alegando que ela teria publicado artigos acadêmicos com trechos copiados de outras fontes. Após uma análise inicial de três de seus artigos, não foi constatada violação direta de padrões de pesquisa, mas foram identificadas citações problemáticas, levando a presidente a se comprometer a corrigir tais equívocos.
No entanto, a controvérsia se agravou quando surgiram novas acusações relacionadas à dissertação de doutorado de Gay, datada de 1997. Com as alegações se acumulando, a presidente decidiu renunciar ao cargo.
Em sua carta de renúncia, Claudine Gay disse ter convicção de que sua saída seria o melhor para a Universidade de Harvard, permitindo à comunidade acadêmica enfrentar esses desafios com foco na instituição, e não em uma figura individual. Ela afirmou: “Esta não foi uma decisão que tomei facilmente”.
“Estas últimas semanas ajudaram a tornar claro o trabalho que precisamos de fazer para construir esse futuro – para combater o preconceito e o ódio em todas as suas formas, para criar um ambiente de aprendizagem em que respeitemos a dignidade uns dos outros e nos tratemos com compaixão, e para afirmar nosso compromisso duradouro com a investigação aberta e a liberdade de expressão na busca pela verdade”, escreveu Gay na carta em que oficializou sua demissão.
Gay, que ocupava o cargo de 30ª presidente da Universidade de Harvard e era a primeira mulher negra a assumir o cargo, deve retornar ao corpo docente, onde leciona desde 2006.
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