O rapper André 3000 surpreendeu o público ao longo das últimas semanas após lançar o seu primeiro trabalho musical desde 2006. Conhecido pelo seu amplo sucesso como líder do grupo de rap OutKast, o astro lançou um álbum sem vocais, explorando apenas o instrumental de flautas. Chamado de ‘New Blue Sun’, o disco chamou atenção dos fãs, que esperavam por novas rimas do vencedor do Grammy.
Em entrevista para a GQ Magazine, André revelou que não se sente mais confortável em fazer rimas, por mais que tenha vontade. Aos 48 anos, ele diz que envelhecer o afastou do hip-hop. “Na verdade, às vezes parece inautêntico para mim fazer rap porque não tenho nada sobre o que falar desse jeito. Tenho 48 anos”, destacou ele. “E não quer dizer que a idade é uma coisa que dita sobre o que você faz rap, mas de certa forma isso acontece. E as coisas que acontecem na minha vida são tipo, do que você está falando? ‘Tenho que fazer uma colonoscopia’. Sobre o que você está fazendo rap? ‘Minha visão está piorando.’ Você pode encontrar maneiras legais de dizer isso, mas não sei”.
Notícias Relacionadas
Beyoncé é eleita a maior estrela pop do século 21; veja lista completa com artistas negros
Kendrick Lamar anuncia turnê por estádios na América do Norte com SZA após estreia de álbum surpresa
O artista contou que até tentou lançar música de rap e diz que trabalhou com vários profissionais, mas não aconteceu. “Trabalhei com alguns dos produtores mais novos, mais recentes, mais jovens e da velha guarda. Eu recebo batidas o tempo todo. Tento escrever o tempo todo”, disse ele.
Apesar da dificuldade, André 3000 não descarta lançar um projeto de rap no futuro, mas enfatiza que não é um desejo atual. “Não quer dizer que eu nunca faria [rap] de novo, mas essas não são as coisas que estão por vir agora. Talvez isso aconteça um dia, mas preciso encontrar uma maneira de dizer o que quero de uma forma interessante que seja atraente para mim nesta idade“, finalizou.
Notícias Recentes
Trabalhadora negra é resgatada após viver 28 anos em situação de escravidão na casa de vereadora em Minas Gerais
Como os negócios podem ajudar a combater o racismo ambiental?