O Presidente Lula recebeu críticas após realizar uma reunião com a imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta sexta-feira (27). Às vésperas do novembro negro, as imagens mostraram Lula cercado por jornalistas brancos. Nas redes, usuários cobraram a presença de mais profissionais negros no encontro. “Presidente, existem juristas negras pro STF e existem jornalistas negros no Brasil”, escreveu Pedro Borges na internet. “Essa foto é um retrato muito fiel do que significa poder e dominação no Brasil”, lamentou a escritora Winnie Bueno. “Cadê os negros”, questionou outro internauta.
No dia do meu aniversário, recebi e conversei com a imprensa no Palácio do Planalto, em clima democrático e respondi perguntas. Tudo na maior civilidade.
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— Lula (@LulaOficial) October 27, 2023
Essa não é a primeira vez que o governo Lula se envolve em críticas por falta de representatividade negra. Com o movimento negro se organizando há meses em busca de indicação por uma ministra negra no STF, em setembro, Lula também foi criticado após declarar que cor e gênero não serão critérios para a indicação. “O critério não será mais esse [gênero]. Eu estou muito tranquilo, por isso que eu tô dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir o Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira. Uma pessoa que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Uma pessoa que vote adequadamente sem ficar votando pela imprensa”, disse Lula.
Ao longo de 132 anos de existência do STF, nunca houve a indicação de uma ministra negra. Desde 1891, 167 indivíduos já ocuparam o cargo de ministro na suprema corte. No entanto, somente três desses ministros eram de origem negra e apenas três mulheres tiveram a oportunidade de assumir a mais alta posição no sistema judiciário brasileiro. Agora, uma nova oportunidade surge com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, que completará 75 anos em 2 de outubro e, portanto, precisará deixar sua posição.
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