Na noite de ontem, o 22º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro premiou artistas e produções nacionais de expressão no pais, mas apesar de celebrar a vitória de “Manhãs de Setembro” como Melhor Série Brasileira Ficção, de produção independente para TV aberta, TV Paga/OTT, o prêmio está recebendo críticas por não ter convidado Liniker, que é a atriz protagonista da produção, para a cerimônia: “Fomos esquecidas mais uma vez”, escreveu a artista em carta aberta publicada no Instagram.
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A atriz e cantora, que dá vida a personagem Cassandra, revelou não ter sido convidada para o evento para celebrar a vitoria da série: “Ontem, não fui convidada para poder celebra ao lado da equipe e elenco o prêmio que ganhamos, noite de vitória ao lado de tantos outros artistas e colaboradores de audiovisual brasileiro e mundial, ontem fomos esquecidas mais uma vez, na hora de estourar a champanhe quando chegamos no esperado “rolo 100” de uma produção, ontem o cinema brasileiro esqueceu mais uma vez, as outras pessoas que colaboram para a criação de um projeto de nível mundial e que mudou sim, a história do audiovisual brasileiro da última década”.
Ela denunciou a invisibilização que pessoas LGBTQIAPN+, pretas e indígenas sofrem mesmo em produções que ganham destaque: “Ontem “Manhãs de Setembro” série que tive a honra de estrear, ganhou o prêmio de Melhor Série de Ficção no grande e consagrado Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. A beleza essa série, não é só pela história e condução dos personagens, mas porque pela primeira vez num Brasil que mata, invisibiliza, apaga a memória de pessoas lgbtqia+, pretas e indígenas, uma profissional, atriz, artista, que estudou para poder exercer esse ofício e travesti preta, pode contar a história de uma outra travesti, ao lado de outras travestis e pessoas trans, de outras pessoas pretas e de aliades, que acreditaram em cada vírgula dessa história e transformaram o grande manhãs de setembro no sucesso que é. O reconhecimento pelo trabalho, é muito importante, ainda mais como diz uma grande amiga “A nível de Brasil”, por todo o apagamento histórico que temos e vemos ao longo da história e trajetória artística de muitos e muites artistas por anos”, disse.
Ao final da carta, a artista questiona: “De quem é que se lembra nas vitórias, depois que o processo “acaba”?”.
Na foto publicada pela Academia Brasileira de Cinema, associação responsável pela organização do prêmio, apenas algumas pessoas da equipe de direção e produção da série, do elenco apenas Paulo Miklos e Elisa Lucinda estavam na imagem que divulgava os vencedores da categoria de “Melhor Série Brasileira de Ficção”.
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