Montar a primeira fábrica de bonecas negras do Brasil. Esse é um dos objetivos de Jaciana Melquiades e de Leandro Melquiades, fundadores da “Era Uma Vez o Mundo”, mas para isso acontecer eles contam com o apoio do público que consiste na compra de uma boneca, que deve ser entregue no mês de setembro, através da campanha de financiamento coletivo. Como a dupla não conseguiu bater a meta no início desta semana, quando a campanha deveria ter sido finalizada, o prazo foi prorrogado para o dia 13 de agosto.
“Estamos prorrogando para aproveitar o tempo que estaremos em cartaz com o espetáculo ‘Erê’, até 13 de agosto. Já conseguimos vender 1400 bonecas, como nossa meta é a mesma quantidade que distribuímos para as escolas públicas em novembro do ano passado (2 mil) estamos nesse objetivo”, afirmou Jaciana Melquiades para o Mundo Negro.
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O público tem a opção de escolher doar a boneca adquirida durante a campanha, a doação será distribuída para instituições públicas de ensino. O financiamento deve ajudar a marca, que tem a capacidade de produzir cerca de mil bonecas por mês, a continuar funcionando e ampliando seu negócio, que também faz um trabalho educativo em prol da equidade racial através do universo lúdico das brincadeiras com a conhecida “Boneca Dandara”, confeccionada pela “Era Uma vez o Mundo”.
Eles esperavam vender 2000 unidades da “Boneca Dandara” até o dia primeiro de agosto. Nas redes sociais, os sócios lamentaram não ter conseguido bater a meta no prazo inicial: “Hoje a gente veio dar uma notícia meio frustrante para vocês. Não é frustrante só pra gente, mas para todas as pessoas que apoiam acreditam e divulgam nosso trabalho”, começou Jaciana.
“A gente tá rodando essa campanha, lembrando aqui e reforçando desde abril e infelizmente a gente não bateu a nossa meta. Faltam 623 bonecas. Ano passado a gente distribuiu duas mil bonecas, duas mil mini Dandaras na rede pública aqui do Rio. A gente impactou mais de 15 mil crianças. 35 escolas da rede”, contou ela.
Agora, Jaciana e Leandro fazem um apelo para que as 623 bonecas restantes sejam vendidas. “A gente precisa de vocês”. reforçou Leandro. “É frustrante demais a gente pensar que quando é de graça nosso trabalho é recebido, mas que a gente não consegue mobilizar duas mil pessoas para comprar uma boneca. Esse é o nosso último gás para fazer acontecer a primeira fábrica de bonecas negras e agente não fechar”, disse a fundadora da “Era Uma Vez o Mundo”.
De acordo com as informações do site da “Era Uma Vez o Mundo”, os recursos arrecadados durante a campanha serão utilizados para a produção das encomendas e de estoque, diversificação de produtos, estruturação de equipe de vendas e marketing, além da criação de um fundo de caixa e reserva financeira, além do pagamento de despesas fixas de três meses.
Jaciana conta que a “Era Uma Vez o Mundo” conseguirá manter seu funcionamento, ainda que o financiamento coletivo não tenha atingido a marca necessária para abrir a fábrica. “Nós vamos continuar porque depois da estreia do espetáculo, surgiram outras oportunidades de continuar com a “Era Uma Vez o Mundo” dando conta do nosso braço educacional. Então continuaremos. No encerramento do espetáculo voltaremos com as atividades no site (reformulamos nossos bonecos e bonecas) e inaugurarmos um ponto de venda físico aqui no Rio”, revelou.
Para ajudar a “Era Uma Vez o Mundo” a se tornar a primeira fábrica de bonecas negras do Brasil, acesse: https://eraumavezomundo.com.br/.
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