Nesta terça-feira (7), durante a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos de 8 de janeiro, o deputado bolsonarista Abílio Brunini (PL-MT) foi acusado de cometer transfobia contra a deputada Erika Hilton (PSOL-SP). Dentro da sessão, Hilton questionava o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante o discurso de Hilton, o senador Rogério Carvalho a interrompeu para denunciar uma fala homofóbica proferida pelo deputado Abílio Brunini, que não foi captada pelos microfones do Senado. Carvalho ressaltou que a declaração de Brunini configurava um crime e exigiu que o presidente da CPMI tomasse providências. “O seu Abílio foi homofóbico. Fez uma fala homofóbica, quando a companheira estava se manifestando, ele acusou e disse que ela estava oferecendo serviços. Isso é homofobia, é um desrespeito. Peço a vossa excelência que o senhor peça para o deputado se retirar do plenário”, disse Carvalho.
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Nas redes sociais, Hilton se manifestou e declarou que não irá aceitar o desrespeito. “Não me calarei. As tentativas de ataques transfóbicos realizados hoje contra mim por parte dos bolsonaristas na CPMI só demonstram o desespero daqueles que atentaram contra nossa democracia com suas próprias ações“, declarou a deputada. “Seguirei forte e cumprindo com duas pautas que foram acordadas com meus eleitores: que Bolsonaro seja preso, e nossa comunidade protegida”.
Após a fala de Hilton, o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União-BA), anunciou uma investigação sobre o caso. “Eu não ouvi, mas outros deputados disseram que ouviram. O deputado Abílio disse que não falou. A nossa decisão é a seguinte: nós vamos fazer uma investigação, vendo as filmagens. Se vossa excelência falou, vai ter a leitura labial e vai ser fácil que isso seja identificado. Se vossa excelência de fato agir dessa forma, vai ter uma penalidade contra o senhor”, afirmou Maia a Brunini.
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