Contrariando as estatísticas, aos oitos anos Hanif Mouehla foi diagnosticado com a doença falciforme que dava a ele apenas 20% de chances de vida. Hoje, aos 17 anos, o jovem se prepara para ingressar em medicina em Harvard.
Aos oito anos, Hanif precisou ser internado na terapia intensiva do Hospital Infantil Maria Fareri, no Condado de Westchester, Nova York, e precisou ser colocado em coma pelos médicos após seus dois pulmões colapsaram.
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“Tive a pior crise de dor da minha vida, onde tinha 20% de chance de sobreviver”, relembra Hanif em entrevista à People. Por seis semanas, os médicos lutaram para manter o jovem vivo, mesmo sem muitas esperanças que ele aguentaria. Com um transplante experimental de células-tronco, Hanif hoje pode se considerar curado da anemia falciforme.
Além de ganhar sua vida de volta, ele também se sentiu inspirado a estudar medicina. “Eu diria que desde muito jovem eu estava estritamente focado em medicina e em me tornar um médico”, disse o jovem que pretender seguir na área de hematologia. “Observar o centro médico como um todo, era algo que eu realmente queria imitar e me fez querer medicina, especificamente ser hematologista.”
No verão passado, Hanif trabalhou no laboratório de pesquisa do Dr. Mitchell Cairo, especialista em hematologia-oncologia pediátrica que tratou dele há nove anos atrás. Os dois colaboraram um com o outro para achar uma cura para o falciforme, considerada uma doença sanguínea hereditária que atinge em média 70.000 a 100.000 americanos. De acordo com o Centros de Controle de Doenças, 1 em cada 13 pessoas negras são diagnosticadas por ano.
Atualmente a pesquisa do Dr. Cairo está na segunda fase do ensaio clínico. Mas foi graças aos avanços de seu trabalho que Hanif recebeu um transplante familiar de células-tronco haploidênticas de sua mãe, Khuraira Musa, anos atrás. “Tem sido uma jornada maravilhosa depois que Hanif foi curado”, disse Khuraira. “E para mim, como mãe, desejo apenas que todos os pais tenham o que tenho com Hanif hoje.”
Seis meses depois do transplante o médico o considerou “relativamente fora de perigo e estável.”
“Ver isso como médico, foi realmente uma das experiências mais agradáveis que tive, ver essa transformação (…) É uma sensação indescritível porque, além de ver alguém simplesmente retomando sua vida normal, eles agora estão acelerando e assumindo um estresse adicional para fazer a diferença para a próxima geração”, comenta Cairo.
Hanif Mouehla seguiu sua vida normal. Ele foi presidente da turma, jogou no time de futebol. Agora, recém-formado no ensino médio, ele se dedica para se formar em 2027 em Harvard. “Estou muito grato por todos em minha jornada”, disse o futuro médico.
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