Com ações afirmativas e comemorações voltadas para os negros LGBTQIAPN+ de São Paulo, o Coletivo AMEM, junto com a Batekoo e a Casa1, promovem a 4ª edição da “Parada Preta”, que volta pela primeira vez após a pandemia do Covid-19 pelas ruas de São Paulo no mês de junho. A programação inicia-se no dia 8 de junho com a parada no Bixiga.
Com o tema “O Nosso Orgulho tem Raça”, durante todo o mês do orgulho LGBTQIAPN+, a Parada Preta, uma das primeiras ”Black Prides” do Brasil, estará promovendo eventos, oficinas, rodas de conversa e muito mais. “A Parada Preta surgiu em 2017 idealizada pelo Coletivo AMEM a partir da necessidade criar espaços com protagonismo negro dentro da semana da diversidade”, disse Flip Couto, idealizador do Coletivo Amem e da Parada Preta.
Notícias Relacionadas
Museu das Favelas recebe 3ª edição do 'Vou Assim Fashion Show', maior evento de pessoas trans na moda
Leci Brandão abre evento gratuito dedicado à cultura negra e LGBTQIAPN+
No dia 8 de junho, a partir das 14h, em parceria com a Batekoo, acontece o primeiro encontro nas ruas do Bixiga, no centro de São Paulo. Um trio com shows, música, performances artísticas, dança, cultura ballroom, drag e tudo isso de graça para o público.
Já a partir do dia 12 de junho, acontece no Galpão da Casa 1, também na região do Bixiga, começarão as ações afirmativas gratuitas. Todas voltadas para o público preto.
“Assim como em outras ‘Black Prides’ pelo mundo, a Parada Preta traz a raça como pauta principal dentro da comunidade LGBTQIAPN+ atravessando discussões sobre direitos humanos, saúde e moradia. Além de promover trabalhos de artistas pretes LGBTQIAPN+ e culturas como Ballroom, Funk e Hip Hop promovendo a representatividade negra em todos os lugares”, explica Flip.
No dia 28 de junho comemora-se o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIAPN+. Uma data simbólica criada há mais de 50 anos para comemorar, mas também conscientizar sobre a luta e os direitos.
Desde 2017, quando a Parada Preta foi criada, muitas coisas mudaram para a comunidade negra e LGBTQIAPN+, muitos espaços foram conquistados, mas ainda está longe de ser o ideal, comenta Flip: “Nos últimos anos, artistas, coletivos e festas pretas LGBTQIAPN+ vem conquistando mais espaços e se fortalecendo enquanto comunidade gerando acolhimento e cuidados em diferentes quebradas. Mas isso é só o começo. Ainda não temos acessos aos meios de produção e os investimentos financeiros não fomentam nossas movimentações.”
Para saber mais informações sobre você pode acessar as redes sociais do Parada Preta: @paradapreta
Notícias Recentes
Rei do maior grupo étnico da Angola desembarca pela primeira vez em Salvador
Você sabia que logo depois da abolição a maioridade penal foi reduzida para 9 anos?