O tradicional Grupo Clariô de Teatro apresenta sua mais recente obra em comemoração aos 18 anos de resistência. Baseada em uma história real, a peça retrata a Irmandade Caldeirão da Santa Cruz do Deserto (CE), uma comunidade autônoma liderada pelo beato José Lourenço, que foi dizimada pelo primeiro bombardeio aéreo das Forças Armadas Brasileiras. Em uma narrativa alegórica, a peça estabelece um paralelo com as periferias de São Paulo nos tempos atuais, abordando as lutas sociais que persistem no Brasil.
Dirigido por Naruna Costa (Primeira diretora negra a ganhar os prêmios APCA e Aplauso Brasil de Melhor Direção) e pelo ator, diretor, mascareiro, bonequeiro e artista plástico Cleydson Catarina (Fortaleza/CE), o texto é baseado na historia real do Crato/CE do inicio do século XX tem a dramaturgia do autor cearense Alan Mendonça, além da e contribuição poética do escritor e artista Paulistano Uberê Guelé.
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“Narramos o afeto da irmandade da Santa Cruz por um boi preto, tal o Beato Lourenço, que instigou os poderosos a iniciarem ações explicitas de ataque à identidade simbólica daquele povo“, dizem os diretores. “Também saudamos a memória de Beata Maria De Araujo, negra que realizou o milagre que deu origem às romarias em Juazeiro, mas que teve sua história e seu corpo literalmente apagados. Debatemos o epistemicídio que estrutura nossa sociedade e usamos tambores, danças e cantos para reverenciar nossa ancestralidade”.
O Grupo Clariô é um coletivo negro, forjado na periferia Paulistana. São quase 20 anos de pesquisa artística baseada na expressão popular, capaz de movimentar as estruturas políticas, rever conceitos e estabelecer novas formas de sociabilização.
SERVIÇO:
Sesc Pompeia – Teatro
(Rua Clelia, 93 – Água Branca – SP)
Estreia 18/05 – quinta Feira – 20h30
Temporada de quarta a sábado as 20h30 / domingos às – 17h30
Dia 08/06 (feriado) 17h30
Ingressos: R$ 40,00 / R$ 20,00 e R$ 12,00
(vendas online e presencial nas unidades SESC)
Link para a venda online SESC : CLIQUE AQUI
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