Na última sexta-feira (12), um menino de 14 anos foi alvo de atos racistas enquanto participava do campeonato de interclasses no Instituto de Ensino São Francisco de Assis (IESFA), colégio particular localizado na zona sul de São Paulo.
O adolescente estava jogando uma partida de futebol no campeonato escolar na IESFA, no Jardim São Luís, quando alunos nas arquibancadas começaram a chamá-lo de “macaco”. No momento do ato, ele não percebeu, mas após o final do jogo colegas o informaram sobre o ocorrido e mostraram o vídeo para ele, que logo entrou em contato com os pais e a coordenação da escola. As informações são do Ponte Jornalismo.
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“Ele ficou inconsolável, caiu no choro, foi uma comoção”, revelou a irmã dele, Vitória Roberta Ribeiro, 21. Ela contou também que a escola disse que acharia os responsáveis e que era para eles irem para casa. “A escola conversou com meus pais e disse que iria levantar os nomes dos responsáveis, apurar os vídeos gravados e pediram para ele ir para casa porque isso ia se resolver depois”, disse.
“É extremamente doloroso porque meu irmão é uma pessoa extremamente apaixonada por futebol, pelo Corinthians, muito alegre, muito querido na escola, muito amado (…) Esse é um colégio particular, numa região periférica, mas com pessoas com mentalidade extremamente elitista e que já teve histórico de outros casos de racismo”, desabafou a irmã.
Para a Ponte, o aluno contou que em cinco anos que estuda na IESFA, essa foi a primeira “situação explícita” de racismo que viveu. “Na hora, eu liguei para a minha mãe, fui na coordenação. Eles conversaram comigo, disseram que iam ajudar, mas até agora nada concreto”, contou o aluno. Ele garante que vai continuar indo para escola. “Voltar [para escola] eu vou, porque eu recebi muito apoio de muita gente, mas não quero que isso aconteça com amigos meus e nem que a minha família fique abalada de novo com isso”.
Após todo o ocorrido, a escola emitiu uma nota pelo Instagram dizendo que rejeita qualquer tipo de discriminação e logo após o ocorrido atendeu as familias e colocou seu corpo juridico à disposição.
“Sobre o fato ocorrido em nossas dependências entre alunos durante uma competição esportiva em 12 de maio, informamos que logo após o ocorrido atendemos as famílias e colocamos nosso corpo jurídico à disposição delas”, disse em nota.
Mas diferente do que a nota diz, a família revelou que não receberam nenhum apoio. “O advogado que conseguimos é particular. Nem apoio psicológico tivemos”, disse Vitória. A família vai registrar um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (15).
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