O vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul (RS), foi expulso nesta quarta-feira (01) pelo partido Patriota, após repercussão do discurso na Câmara Municipal, em que o político ofendeu com racismo e xenofobia os trabalhadores baianos que foram resgatados em vinícolas, em situação análoga a escravidão em Bento Gonçalves, cidade vizinha.
Durante a tribuna na última terça-feira (28), o vereador afirmou que “a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor” e sugeriu a contratação de trabalhadores argentinos alegando que eram “mais limpos”.
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O diretório nacional do Patriota disse que a fala do Sandro Fantinel desrespeitou a dignidade humana e a igualdade. Segundo o partido, o vereador se referiu “de forma vil a seres humanos tristemente encontrados em situação degradante”.
Na tribuna, Sandro Fantinel ainda continuou culpabilizando os trabalhadores da Bahia: “Agricultores, produtores, empresas agrícolas que estão nesse momento me acompanhando, eu vou dar um conselho pra vocês. Não contratem mais aquela gente lá de cima”.
Apesar da expulsão, o vereador poderá prosseguir com o cargo, de acordo com casos semelhantes julgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao julgar casos semelhantes.
Em entrevista ao g1, Sandro Fantinel disse que só falo da Bahia “porque é a Bahia que tá envolvida no processo de Bento Gonçalves, se fosse Santa Catarina, eu teria falado Santa Catarina”. que se arrepende de ter dito que “a única cultura que os baianos têm é viver na praia tocando tambor”.
Na semana passada, 207 pessoas foram resgatadas em condições análogas a escravidão, sendo exploradas na colheita e carregamento de uvas. Eles haviam sido contratados para uma empresa prestadora de serviço contratada pelas vinícolas Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi.
Com informações do g1*
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