A deputada estadual Olívia Santana (PCdo/BA) publicou um vídeo nas redes sociais, durante o momento em que dois policiais tentavam barrar eleitores do Partido dos Trabalhadores, os acusando de boca de urna, no Colégio Estadual Henriqueta Martins Catarino, Salvador. “Esses policiais estão agindo ilegalmente”, diz a parlamentar no começo do vídeo, quando os dois agentes tomam a bandeira do Partido dos Trabalhadores de uma eleitora.
Na Bahia, os eleitores votam neste segundo turno nos candidatos à Presidência da República, Lula (PT) e Bolsonaro (PL). E para governador, Jeronimo (PT) e ACM Neto (União Brasil).
“Eu disse que aquilo era um absurdo, que eu conhecia a lei e que eles não poderiam usar suas fardas e suas armas para violar os nossos direitos. Nosso pessoal estava fora da escola. Não era nada demais”, destaca a deputada.
Durante a discussão, Olívia afirma que acusou um policial de parecer bolsonarista e ele retrucou que não era, pois não votava em ladrão – se referindo a Lula. “Eles tomaram a bandeira de um militante, eu segurei e eles puxaram da minha mão. Depois o mais violento foi pra cima de uma mulher que carregava uma criança no colo e carregava a bandeira de Lula. Corri para proteger ela”, é possível ver esse momento no vídeo.
Olívia diz que ocorrido foi um ato de covardia contra mulheres e homens negros periféricos. “Mesmo eu sendo uma deputada, fui tratada de maneira altamente desrespeitosa. Aos olhos impregnados pelo racismo, uma preta será sempre uma preta”. E completa: “Foi ultrajante ver minha mãe de 88 anos assistindo aquilo e tentando interferir naquela cena grotesca. É o que mais me doeu”.
Ainda segundo as informações da parlamentar, ela disse que entrou em contato com o comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Paulo Coutinho, e pediu providências. Os dois policiais foram retirados do local para apuração dos fatos. “Não podemos baixar a cabeça para os violentos. Temos que defender o nosso direito de existir e defender nossas ideias. Apesar de todo ódio nós vamos vencer!”, falou Olívia.
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