A Polícia Militar de Goiás disse que determinou a abertura de uma investigação e afastou o policial militar flagrado em um vídeo agredindo um jovem negro enquanto o prendia e dizendo: “Vai gritar Lula lá na África, agora”. De acordo com a corporação, o policial está afastado de suas atividades até o final das investigações.
O Ministério Público de Goiás solicitou esclarecimentos para a Polícia Militar sobre o conteúdo do vídeo, onde também aparecem guardas municipais. De acordo com a prefeitura de Novo Gama, a prisão aconteceu após os agentes terem recebido denúncias de boca de urna. Segundo nota da prefeitura, não foi possível identificar, no vídeo, quem foi que disse a frase racista, para determinar se foi dita por um policial ou por outras pessoas que acompanhavam a ocorrência.
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O homem, vítima da agressão policial, contou ao G1 que mora a cerca de 200 metros de um local de votação e que, após acordar, foi fazer um churrasco com amigos no quintal de casa. Como é apoiador do Lula, ele disse que, durante a confraternização, falou abertamente sobre querer a vitória do candidato. Após isso, em determinado momento, ele disse que a polícia entrou no terreno dele sem justificativa e o prendeu.
“Eu falei para ele que eu simplesmente queria que o Lula ganhasse, e ele chegou me agredindo dentro do meu lote e me prendendo. Colocaram uma pistola e falaram para eu colocar as mãos para trás”, disse o homem que é africano e não vota no Brasil, mas se identifica com o candidato petista.
“Eu não tenho direito de votar, mas todos têm torcida. Eu posso ter. Tem muitos brasileiros que não votam, mas eles têm quem eles querem que ganhe”, disse.
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