Carolina Pinto, uma das donas do salão RAS, salão de luxo especializado em tranças e penteados afros criado por duas mulheres negras, afirma que tomou a decisão de abrir seu próprio negócio – ao lado da sua sócia, Taynara, – após fazer o cabelo com uma trancista que não a recebeu bem: “Trançar o cabelo não tem relação com dinheiro, tem relação com o cuidado”, lembra ela. “No meio desse processo eu queria um salão que fosse de luxo, próximo, e que desse uma sensação de que a trancista não estava fazendo um favor ao trançar meu cabelo”.
Segundo a mesma, o RAS foi criado para trazer uma nova experiência ao público afro, oferecendo atendimento personalizado, e visando a valorização das trancistas.”A ideia do RAS é ser um salão de luxo. Um local que se preocupa com o cliente, com a trancista e o trabalho dela. A importância do luxo normalizado. O luxo sempre fez parte da nossa vida, precisamos resgatar porque dinheiro não é errado, não é errado querer o bom porque não é pecado”.
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O salão fica ao lado do metrô Palmeiras-Barra Funda, em São Paulo. “O luxo vem dos nossos ancestrais, o luxo da nossa própria ancestralidade carrega, é ter em mente que isso faz parte da gente e sempre fez.” Explicou a empreendedora.
“Mexer com tranças é lidar não somente com autoestima, mas também, com toda a bagagem ancestral que o nosso cabelo carrega!” Conclui.
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