Completando 40 anos neste sábado (e com mais da metade disso de carreira), Beyoncé construiu um legado que a coloca ao lado de artistas como Whitney Houston e Michael Jackson. Seja na incontestável qualidade da sua obra, no perfeccionismo técnico dos seus shows, nos números, ou no impacto e alcance de seus trabalhos mais recentes: a cantora se consolidou como o maior nome da indústria musical e influenciou uma geração de novos artistas. Tarefa difícil é não criar expectativas sobre o que ela ainda fará nos próximos anos! Em comemoração ao aniversário e ao legado da Queen B (como é chamada pelos fãs) enumerei alguns feitos que evidenciam a grandiosidade de sua obra:
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A artista mais premiada na história
Em 2021 Beyoncé superou Michael Jackson e se tornou a artista mais premiada na história da música. Só no Grammy Awards ela acumula 28 gramafones sendo a musicista com mais troféus (a frente de nomes como Alisson Krauss e Aretha Franklin). Este ano ela passou a ser a artista com mais vitórias no BET Awards, premiação criada em 2001 e voltada exclusivamente para pessoas negras. Beyoncé também é o nome com mais prêmios no Video Music Awards, Billboard Music e Soul Train Awards
Longevidade
Beyoncé e Mariah Carey são as únicas artistas a alcançarem o #1 em quatro décadas diferentes na principal parada de singles dos Estados Unidos, a Billboard Hot 100. O primeiro grande hit como integrante das Destiny’s Child, “Bills, Bills, Bills” alcançou o topo da parada em 1999. O grupo repetiria o feito com “Say my Name”, “Independent Women” e “Bootylicious”. Como solista ela atingiu o topo sete vezes (com “Crazy in love”, “Baby Boy”, “Check on It”, “Irreplaceable”, “Single Ladies”, “Perfect” e “Savage”). Ela ainda divide com Madonna outro recorde: Ambas tem pelo menos uma música no top 10 da Hot 100 por 24 anos consecutivos. Mesmo tendo iniciado a carreira ainda na época das vendas físicas de discos, e passando pela era digital, a cantora se mantém como um forte nome no streaming.
Seu disco, “Beyoncé” modificou a indústria
Sucesso em 2013, o disco homônimo redefiniu alguns parâmetros na indústria musical, o primeiro deles foi o dia de lançamento.“Beyoncé” foi lançado numa sexta-feira, tradicionalmente os discos saiam as terças, com apenas três dias de contagem nas paradas o álbum visual da Beyoncé vendeu cerca de 600 mil cópias e estreou direto no primeiro lugar da Billboard. O sucesso do álbum foi uma influência decisiva para a IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) tornar a sexta um dia oficial de lançamentos de discos e singles, como acontece atualmente.
Outra influência do disco foi o formato de lançamento secreto, Beyoncé dropou o álbum de surpresa (uma atitude audaciosa e arriscada pois muito diferente da maneira tradicional de lançar discos na época), o impacto foi gigante o que fez outros grandes nomes da música repensarem suas estratégias. Depois disso grandes lançamentos começaram a acontecer de supresa ou com datas muito próximas do anúncio oficial. Apesar de não ser inédita, a estratégia de lançar um “álbum visual” também foi marcante, e repetida pela cantora em discos subsequentes.
O impacto de trabalhos como “Lemonade”, “Black is King” e “Homecoming”
Com seus últimos trabalhos Beyoncé conseguiu aclamação universal de crítica e público, uma boa evidência disso são as notas no metacritic (site que compila as avaliações mais importantes da crítica especializada), Lemonade acumula um score de 92, sendo um dos discos mais bem avaliados na história da plataforma. Muito bem posicionados também estão seu álbum ao vivo “Homecoming” (com 95) e “Black is King” (84). Pautando negritude, feminismo e as violências cotidianas oriundas do racismo nos Estados Unidos, a cantora se tornou voz ativa na luta contra violência policial e no movimento #BlackLivesMatter. Projetos como “Black is King” tem revelado inúmeros talentos negros ao redor do globo, o resgate de sua ancestralidade e a celebração da cultura negra tem norteado a obra mais recente da Queen B, o impacto disso é imensurável na vida de pessoa negras que se identificam com sua arte
Beyoncé também fez história como a primeira headliner negra no “Coachella”, apelidado de “Beychella”. O show rendeu dois documentários e entrou para a história como principal apresentação do renomado festival. Ela também se apresentou três vezes no SuperBowl e possui em seu currículo algumas das turnês mais lucrativas de todos os tempos. O que tem definido os últimos anos da artista no entanto não são apenas os números estrondosos, mas o alcance e impacto de sua música.
O que esperar do futuro…
Por essas e muitas outras é possível afirmar que estamos diante da maior artista da atualidade. Exige um esforço árduo não esperar muito de seus próximos projetos dentro e fora da música. O que ela fará nos 40 que vem a seguir? Não sabemos mas o céu é o limite. Por aqui a gente segue torcendo para que Beyoncé não seja a única, a rainha isolada no topo, mas que outras mulheres negras também tenham a chance de explorar o seu potencial criativo e nos presentear com projetos incríveis e que definam os rumos da nossa história.
Feliz aniversário, Queen B.
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