A plataforma BATEKOO está lançando, neste mês de maio, o curso gratuito “Músicas Negras do Brasil”, que vai dialogar e ampliar conhecimentos sobre as práticas sonoras do povo negro afrodiaspórico. A aula inaugural “A produção musical negra na cena brasileira” acontecerá no dia 17 de maio, às 20h, com as participações de Margareth Menezes e Evandro Fióti.
O curso está com inscrições abertas e as aulas online terão início no dia 17 de maio, abordando a pluriversalidade sonora das produções de pessoas negras. Serão discutidos diversificados gêneros musicais, tais como samba, rap, funk, jazz, samba, rock, bregafunk, samba-rock, axé, hip-hop, soul, samba-reggae, pagode, dentre outros que representam as perpectivas afrossônicas do atlântico negro.
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“O curso trata de apontar a potencialidade criativa da música negra brasileira, em sua diversidade de gêneros e pluralidade de práticas. Este curso, a meu ver, pode contribuir na ampliação do conhecimento enquanto compreensão de um escopo mais expandido do pensamento musical. Visto de dois vetores: primeiramente, deslocando das perspectivas que colocam a música negra em lugar de inferioridade em relação a outras identidades musicais; e, em segundo lugar, por potencializar os elos afrossônicos produzidos pela negritude deste país e de demais lugares das diásporas e da África”. Este curso cumpre o papel formativo e afirmativo, celebrando a diversidade de sonoridade negra brasileira, para pessoas negras, lecionado por pessoas negras, afirma Leonardo Moraes, Diretor de Ações Educativas da BATEKOO.
Para abrir os trabalhos deste curso, acontecerá a aula inaugural “A produção musical negra na cena brasileira” com a cantora baiana Margareth Menezes tem uma extensa carreira musical, marcada por grandes sucessos da música brasileira, como o primeiro samba-reggae registrado em disco no Brasil, “Faraó”. Já Evandro Fióti é cantor, compositor, produtor e sócio-fundador do Laboratório Fantasma. Além disso, ele assina a produção do documentário “AmarElo”, de Emicida. Esta aula cumpre o objetivo de mergulhar nos saberes da cena musical brasileira, a partir de experiências enquanto artistas negros.
Comandando as aulas-encontros do curso, estarão pesquisadoras/es de músicas negras no Brasil, como Luciana Xavier, Samuel Lima, Marcos Santos, Rafael de Queiroz, Juliana Bragança e Djenane Vieira. Em seis aulas, as/os professoras/es pesquisadoras/es discutirão as configurações de gêneros negros musicais do Brasil que ativaram e ainda ativam novas chaves de compreensão das identidades nos distintos territórios, com diferentes formas de resistência em âmbito sociocultural.
Em plano plural de conhecimentos o curso abordará questões sobre o funk em sua vertente artística e cultural; a comercialização de experiências musicais negras entre o século XIX e XX; a potencialidade educacional na cultura hip-hop desde o seu percurso inicial aos tempos atuais; e a importância da música enquanto experiência para as populações negras em seus aspectos políticos, sociais e comunicacionais.
O curso “Músicas Negras do Brasil” dialoga com as correntes que carregam fluxos de saberes confluentes com ondas criativas da população negra em terras brasileiras enquanto movimento de resistência, que conversa amplamente com as práticas musicais que a BATEKOO promove em suas festas.
Para participar do curso “Músicas Negras do Brasil”, promovido pela BATEKOO através da Escola B, basta se inscrever através do LINK. As vagas são limitadas!
Confira a programação:
Curso “Músicas Negras do Brasil” de 18 de maio à 27 de maio de 2021 online através do Zoom e YouTube.
Programação:
Aula Inaugural – 17/05/2021 – Margareth Menezes e Evandro Fióti
A produção musical negra na cena brasileira
Aula I – 18/05/2021 – Luciana Xavier
Diálogos do samba e música popular negra brasileira: novas representações culturais da negritude no espaço urbano
Aula II – 19/05/2021 – Samuel Lima
Os condenados da festa: Frantz Fanon, descolonização e o funk do Brasil
Aula III – 19/05/2021 – Marcos Santos
A música como negócio: notas sobre a comercialização de experiências musicais negras entre o século XIX e XX
Aula IV – 25/05/2021 – Juliana Bragança
“Ao som do 150”: o movimento funk entre glamourização e criminalização
Aula V – 26/05/2021 – Rafael de Queiroz
“Quente feito funk, Grande que nem África” – A música preta brasileira nas encruzilhadas afrossônicas do Atlântico Negro
Aula VI – 27/05/2021 – Djenane Vieira
Música, Educação e Cultura Hip Hop: Processos educativos e cultura afro diaspórica
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