Por Silvia Nascimento – Com problemas na parte elétrica do seu carro, a ativista negra Sandra Bland, de 28 anos, foi parada pela polícia no dia 10 de julho, no estado americano do Texas. Uma falha que poderia render simplesmente uma multa, resultou na prisão da jovem que foi encontrada morta na cela três dias depois. A polícia local alega suicídio.
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Um vídeo divulgado hoje pela imprensa americana mostra a abordagem agressiva e violenta do policial que se irritou com o fato de Sandra não querer apagar o cigarro enquanto ele a interrogava. Depois de ameaçar a ativista com sua pistola elétrica ele a força a sair do carro e machuca seus pulsos enquanto coloca as algemas. No vídeo é possível ouvi-la gritando de dor enquanto é algemada.
A polícia do Texas defende que Sandra se matou na cadeia, já que seu corpo foi encontrado pendurado com um saco preto na cabeça – usado para manter a privacidade das presas e ela apresentava um perfil depressivo. A família da americana contesta, dizendo que Sandra nunca teve depressão e como ativista, jamais tiraria sua própria vida na cadeia.
Este é mais um dos inúmeros casos de abuso policial cometidos contra negros nos EUA, país onde o presidente também é negro e mesmo após diversas mobilizações sociais, os policias parecem não se intimidar.
Zelo de celebridade quando o preso é branco
Nas redes sociais, muitos compararam o tratamento dado a Sandra com o recebido por Dylaan Roof, que assassinou 9 negros durante uma missa, em uma igreja na Carolina do Norte no mês passado.
O jovem teve uma escolta digna de rock star e quando teve fome, comeu um hambúrguer do Burger King providenciado por um dos policiais. O colete a prova de balas também mostra o zelo com o assassino, dispensado quando o preso é negro.
Freddie Gray foi preso em Abril deste ano, em Baltimore por carregar uma arma que era permitida no Estado e morreu no camburão, com diversas vértebras quebradas por estar algemado e sem cinto de segurança.
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