Desde o início de 2019 ações com os alunos de ensino fundamental e médio do O Instituto Gaylussac, em Niterói tem realizado desde 2019 diversas ações com seus alunos do Ensino Fundamental e Médio visando prepará-los critica e eticamente para o combate as diversas práticas racistas presentes em nossa sociedade.
No modelo proposto, os docentes são preparados para iniciar discussões raciais com os alunos, no ano de 2020 os debates foram gerados através de leitura do livro “Pequeno Manual Antirracista”, da Djamila Ribeiro.
O debate parte de material de pessoas pretas e o modelo é protagonizado docentes negros, que abordam suas experiências pessoais e relatam sua vivência enquanto pessoas negras que atuam na área da educação.
“A escolha é por debater temas geradores de desigualdade e preconceito nas relações humanas. A fala dos professores negros nas reuniões será o mote de entendimento para a temática antirracista.” Explica Jaqueline Eckstein, Psicóloga escolar.
A metodologia antirracista também envolveu um trabalho de campo envolvendo alunos do 6º ano do ensino fundamental, baseando-se em uma campanha do Governo do Estado do Pará que viralizou no último ano o “Teste imagem” onde pessoas pretas são colocadas em posições sociais inferiores às das brancas, por profissionais de RH. Os alunos levaram a mesma dinâmica às ruas com a pergunta “O que você vê nesta imagem” colheram mais de 400 entrevistas com o objetivo de fazer um teste do racismo presente nas visões estereotipadas sobre pessoas negras.
“Os resultados são impressionantes, revelando o racismo que estrutura o pensamento que atribui a uma mulher negra limpando a casa o papel de empregada e de uma mulher branca o papel de dona de casa”, conta Priscila Aquino, professora.
Implantar um modelo de educação antirracista é o caminho certo para combater o racismo que afeta crianças pretas tão cedo.
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