A empresária Lorenna Vieira, dona da marca Badgall e companheira do DJ Rennan da Penha, usou o Twitter para denunciar o que ela diz ter sido um caso de racismo dentro de uma agência do banco Itaú nessa última quinta-feira, no RJ. Funcionárias da agência haviam desconfiado da autenticidade dos seus documentos durante uma operação bancária e chamado a polícia que levou Lorenna à 22ª DP (Penha).
A última notícia sobre o caso, de acordo com o G1, é que a Polícia Civil mudou a versão original da história, onde foi dito que o documento era legítimo.
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Uma análise do Detran e do Instituto Félix Pacheco apontou que Lorenna usou documentos falsificados para sacar R$ 1.500,00 de uma conta, que de acordo com o próprio Itaú, era da empresária.
O banco pediu desculpas à Lorenna pela situação , mas reafirmou estar cumprindo o procedimento padrão, de confirmar a identidade para sacar dinheiro da conta.
O caso ainda não chegou ao fim, mas é consenso o fato de que a desconfiança de uso identidade falsa é maior quando o cliente é negro.
Lorenna foi tratada como suspeita desde o começo, sendo submetida a um constrangimento que infelizmente é comum quando nós negros temos que nos dirigir à um estabelecimento bancário.
Há quase um ano atrás, em 24 de fevereiro de 2019, na frente da própria filha, o empresário Crispim Terral viveu cenas de terror dentro de uma agência do Banco do Brasil, em Salvador.
A situação começou depois que Crispim procurou o gerente, João Paulo Vieira Barreto, para cobrar atendimento após 6h de espera.
Na ocasião, segundo a denúncia, o gerente geral acionou o setor de segurança privada para retirar o cliente do estabelecimento.
Depois, a Polícia Militar também compareceu à agência e propôs ao gerente que ele e o cliente se dirigissem até a delegacia da região.
Negros são a maioria dos desbancarizados
O Instituto Data Popular aponta que um terço da população brasileira não é bancarizada ou seja, não tem conta em banco e, portanto, não tem acesso às formas de pagamento com o uso de cartões de débito e crédito.
Desse grupo, 60% são negros e movimentam R$ 665 bilhões fora do sistema bancário.
A missão de se conseguir crédito também é mais complicada para quem é negro. “O empreendedor negro tem crédito negado três vezes mais do que o branco, com as mesmas condições aqui no Brasil. Ou seja, temos uma parcela da população em sua maioria negra, que não é atendida de forma digna”, explicou Sérgio All, CEO da Afrobusiness e Fundador da Conta Black em uma entrevista ao site UOL.
Contas digitais com foco na população negra
Ter conta no banco às vezes não é uma opção, mas ir à uma agência física pode ser.
Conta digitais chegaram para ficar, diminuindo a burocracia, as taxas e trazendo uma nova experiência para clientes negros que são atendidos como qualquer outro.
E essa experiência se torna ainda mais especial quando o banco é feito por e para pessoas negras.
Conta Black é uma fintech (empresas financeiras de base tecnológica) com opções de serviços para empreendedores.
D’Black Bank, por agora oferece opções com afroempreendedores como as maquininhas de débito e crédito.
“A proposta é incluir um terço da população brasileira que não é bancarizada e, portanto, não tem acesso a formas de pagamento com o uso de cartões de débito e crédito. Destes, 60% são negros e movimentam R$ 665 bilhões fora do sistema bancário, segundo pesquisa do Instituto Data Popular. Além disso, metade dos empreendedores no segmento das micro e pequenas empresas, com faturamento de até R$ 3,6 milhões por ano, são negros, de acordo com o Sebrae. Queremos oferecer educação financeira aos clientes, desmitificando a gestão das finanças pessoais e ressaltando a importância da prática econômica, tanto a doméstica quanto para investimentos”, explicou Nina Silva, CEO do projeto Black Money responsável pela iniciativa em uma entrevista ao site Visa.
Saiba mais:
Conta Black: www.contablack.com.br
D’Black Bank: http://marketing.movimentoblackmoney.com.br/dbb-new
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