
A maioria das pessoas negras no Brasil nunca teve acesso a um dermatologista. É o que revela uma pesquisa inédita do Datafolha, realizada em parceria com a divisão de Beleza Dermatológica do Grupo L’Oréal no Brasil e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). O levantamento mostra que 58% dos brasileiros negros afirmam nunca ter se consultado com um dermatologista, enquanto entre os brancos esse índice é de 42%.
O dado escancara um recorte importante sobre o acesso desigual a cuidados dermatológicos e reforça a necessidade de ampliar a inclusão e a representatividade na área da saúde. Ainda mais considerando que no Brasil, a sociedade é majoritariamente preta ou parda, com 56% da população brasileira se identificando com esses grupos, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
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Nesse cenário demográfico, um levantamento realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2022 ressalta a relevância das mulheres negras, que, por si só, compõem cerca de 28% da população brasileira, evidenciando ainda mais a urgência de abordar as disparidades na saúde.
Para o Dr. Carlos Barcaui, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os dados reforçam a necessidade de ampliar o acesso à especialidade médica. “A SBD tem um compromisso genuíno com a inclusão social e com a ampliação do acesso da população à dermatologia. Nosso foco está no fortalecimento da atenção especializada, garantindo que mais pessoas possam contar com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado das doenças dermatológicas”, afirma.
Como forma de contribuir para essa transformação, a divisão de Beleza Dermatológica do Grupo criou o “Dermatologia + Inclusiva”, uma iniciativa que visa ampliar a pesquisa e o conhecimento sobre pele e cabelos de pessoas não brancas e transgêneras, promovendo diversidade, equidade e inclusão na área da dermatologia. A proposta busca avançar no estudo de questões específicas dessa população, como fotoproteção e hiperpigmentação, acne e pele oleosa, barreira da pele, couro cabeludo e fibra capilar.
“Estamos empenhados em mudar esse cenário de desigualdade racial e ampliar o acesso à saúde. Por isso, temos investido tempo e esforços para aprofundar o conhecimento sobre a pele e os cabelos de pessoas negras, contribuindo para a inclusão dessa população por meio da dermatologia. Nosso objetivo é ampliar o debate, fortalecer a relevância do tema e promover a excelência no atendimento, incentivando também a ciência por meio de pesquisas voltadas à diversidade”, afirma Hanane Saidi, diretora-geral da divisão L’Oréal Beleza Dermatológica no Brasil.
“A L’Oréal Beleza Dermatológica está comprometida em ser parte da solução, promovendo cada vez mais inclusão e equidade. O ‘Julho das Pretas’ é um momento importante para reforçar esse compromisso, destacando a relevância da saúde e da beleza da pele negra. Sabemos que a pele negra possui particularidades que demandam atenção e cuidados específicos, por isso, nosso objetivo é oferecer, cada vez mais, soluções dedicadas e eficazes aos nossos consumidores,” conclui Eduardo Paiva, Diretor de Diversidade, Equidade e Inclusão do Grupo L’Oréal no Brasil.
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