Por meio de uma pesquisa com mais de 10 mil respostas em 48 horas, o aplicativo 99, que liga taxistas à passageiros, constatou que dos 49% dos usuários que se identificam como negros, 46%, quase a metade, diz ter sido vítima de discriminação racial durante a sua corrida.
A pesquisa seguia com as demais perguntas para os que se declararam afrodescendentes. Dentro dos 46% que usam transporte individual e podem ter sido vítimas de discriminação racial, informa a pesquisa, 26% têm certeza que já foram alvo de algum tipo de preconceito racial (ao menos uma vez na vida). 20% afirmam não ter certeza e 53,4% disseram nunca ter sofrido com o problema.
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A mesma pesquisa aponta que quase 50% das pessoas que responderam o questionário acham que a melhor saída para o problema é a conscientização dos motoristas, por meio de treinamento e da importância do combate à discriminação. Outros 28% optaram pela inclusão de um termo de tratamento igualitário de raça, religião e nacionalidade no contrato de uso do aplicativo pelos motoristas. Há ainda 14,2% dos entrevistados que entendem que nada deve ser feito, pois ações assim aumentam ainda mais o racismo.
Segundo a gerente de treinamento da 99, Roberta Castro, a questão de discriminação racial é um problema cultural do país e a pesquisa mostra que é fundamental discutir de frente o tema. “O mundo ideal seria que isto não acontecesse, mas sabemos que há passageiros que passam por este tipo de situação nas corridas. A 99 quer olhar para esta questão e entender qual a melhor maneira de incluir a todos”, explica.
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