36ª Bienal de São Paulo se inspira no poema ‘Da calma e do silêncio’, de Conceição Evaristo

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36ª Bienal de São Paulo se inspira no poema ‘Da calma e do silêncio’, de Conceição Evaristo
Obra de Nádia Taquary (Foto: Levi Fanan/Fundação Bienal)

O Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, abriu no último sábado (6) para a 36ª Bienal de São Paulo, que terá duração inédita de quatro meses, até 11 de janeiro de 2026, com entrada gratuita. A edição “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática”, inspirada no poema “Da calma e do silêncio” de Conceição Evaristo, tem curadoria de camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e reúne 120 artistas de diferentes partes do mundo, com debates, performances e encontros que exploram a humanidade, a memória e a relação do ser humano com a terra.

O projeto arquitetônico e expositivo é assinado por Gisele de Paula e Tiago Guimarães, que organizaram a Bienal em seis capítulos temáticos. Inspirados pela fluidez dos rios e pela imagem do estuário presente na proposta curatorial, os arquitetos criaram margens sinuosas que transformam a visita em um percurso sensorial, incentivando a pausa, a escuta e o encontro.

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A exposição propõe refletir sobre o encontro de diferentes mundos, a errância como método e a humanidade como verbo, inspirando-se nos versos de Conceição Evaristo: “Nem todo viandante / anda estradas, / há mundos submersos, / que só o silêncio / da poesia penetra.”

Entre as iniciativas inovadoras da Bienal está o projeto “Aparições”, desenvolvido em parceria com a plataforma WAVA, que utiliza realidade aumentada para exibir digitalmente obras brasileiras em pontos específicos ao redor do mundo. O público pode interagir com as criações por meio do aplicativo da iniciativa.

O programa “Invocações” trouxe encontros de poesia, música, performances e debates em Marrakech (Marrocos), Guadalupe (México), Zanzibar (Tanzânia) e Tóquio (Japão) antes de chegar a São Paulo. Além do Pavilhão, cinco artistas participam do programa “Afluentes”, ocupando a Casa do Povo, que inclui mostras de filmes com curadoria de Benjamin Seroussi e Daniel Blanga Gubbay.

Os artistas desta edição exploram linguagens diversas, incluindo vídeo, performance, pintura, som, escultura, escrita e experimentações coletivas, desafiando o público a refletir sobre a humanidade em suas múltiplas formas e caminhos. Obras que se transformam ao longo da exposição e materiais reaproveitados reforçam a ideia de temporalidade, memória e ciclos da vida.

Vindos de diferentes partes do mundo, os artistas desta edição exploram diferentes linguagens de arte, oferecendo ao público experiências sensoriais e reflexivas. A programação completa podem ser conferidos no site oficial da Bienal. Clique aqui!

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