O primeiro semestre de 2022 passou voando mas musicalmente foi recheado com dezenas de lançamentos interessantes que merecem ser apreciados. Pensando nisso compilei dez dos meus discos nacionais favoritos lançados na primeira metade do ano. A lista tem Karol Conká, Baco Exu do Blues, Urias e muito mais.
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“Urucum” de Karol Conká
Terceiro álbum de estúdio da mamacita (o primeiro após a sua conturbada participação no Big Brother Brasil), é preenchido por letras autorais que falam sobre os momentos tensos e as lições aprendidas pela cantora no último ano, com produção assinada por RDD do ÀTTOOXÁ flerta com elementos do pagodão baiano, do trap e do soul.
“Numanice 2” de Ludmilla
A continuação do bem sucedido projeto de pagode Numanice traz mais uma série de canções autorais entre elas o hit “Maldivas”, composição da cantora para sua amada, Brunna Gonçalves. O disco evidencia a trajetória em ascensão de Ludmilla como uma das cantoras nacionais mais versáteis da nossa música. Minhas favoritas: “212”, “Meu Homem é seu Homem” e é lógico, “Maldivas”!
“Quantas Vezes Você já foi Amado?” de Baco Exu do Blues
Exu do Blues fala sobre diversos processos pelos quais é atravessado enquanto homem negro, inclusive da construção de sua autoestima e relação com o afeto. Destaque para as faixas “Autoestima”, “20 ligações” e “Samba in Paris” com participação de Gloria Groove.
“Pele” de N.I.N.A do Porte
Álbum de estreia de um dos principais nomes em ascensão do rap em 2022, a cantora N.I.N.A do Porte. Se você não conhece ainda, corre pra conhecer! Nas palavras da cantora “Pele fala sobre história, vida, realidade. É um espelho do que as circunstâncias causam na vida e na PELE de uma mulher preta (…)”. Destaque para “Oi, Sumido”, “Anna” e “Luxúria”.
“FÚRIA” de Urias
Primeiro álbum de estúdio da cantora Urias, mostra muito da sua versatilidade transitando entre diversos estilos musicais com letras confessionais, sensualidade e potência! Minhas favoritas são “Racha”, “Aposta” e “Cadela”. Nessa última a cantora dispara: “O meu hype não para, já deu pra entender que eu sou uma mina cara, vai ter que admitir, que até seu rapper favorito não para de me ouvir”.
“Pra Gente Acordar” de Gilsons
Com nove faixas, incluindo os singles “Duas Cidades” e “Proposta”, tem a produção assinada por José Gil; é carregado de percussões, trompetes, muita originalidade e musicalidade baiana. Além dos singles, destaco as faixas “Voltar a Bahia” e “Vem de Lá”.
“Holoforte” de Quebrada Queer
O Quebrada Queer foi formado há 3 anos por jovens LGBTQIA+ da periferia de São Paulo. Em 2022; Harlley, Murillo, Guigo, Boombeat e Tchelo dão continuidade ao projeto com o lançamento do primeiro álbum de estúdio do coletivo de rap.
“Em nome da Estrela” de Xênia França
A produção musical leva a assinatura da artista em parceria com Pipo Pegoraro e Lourenço Rebetez. Com repertório quase inédito e duas regravações (as faixas “Magia”, de Djavan e “Futurível”, de Gilberto Gil) o álbum traz uma mescla de ritmos brilhantemente conduzidos pela cantora baiana, tão bom quanto seu antecessor, fica aí a expectativa (inteiramente minha) de mais uma indicação ao Grammy Latino.
“Sobre Viver” de Criolo
O disco é marcado por reflexões sobre questões coletivas e também pessoais que refletem o momento do artista, nas palavras de Criolo em entrevista a Rolling Stone Brasil: “Canto o abismo social que a gente vive”. O registro conta com colaborações de artistas como Liniker, Tropikillas, Maria Vilani, Mc Hariel e Milton Nascimento.
“Vivão” de Afrocidade
Primeiro álbum de estúdio da banda que já acumula mais de 10 anos de estrada e sucedendo os EPs “Cabeça de Tambor” (2016) e “Afrocidade na Pista” (2021); “Vivão” fala principalmente sobre questões sociais, políticas e a própria trajetória da banda; misturando afrobeat, pagodão e muito swing baiano. Minha favorita é “Toma”.
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