“Cartão de crédito não é segunda renda”: dicas preciosas para organizar suas finanças de vez

A tão sonhada organização financeira é um objetivo de muitas pessoas que desejam ter mais facilidade em realizar metas e sonhos que dependem, como a maior parte das coisas na vida, de disponibilidade de recursos financeiros.

Conversamos com a Clara Sodré, analista de Alocação e Fundos da XP, para entender quais devem ser os primeiros passos de quem busca se organizar financeiramente, sair do endividamento e realizar sonhos.

Anote as dicas que a gente reuniu e boa sorte!

1 – Não tenha medo e coloque sua situação financeira atual no papel

Primeiro, liste em colunas quais são seus gastos mensais fixos, quanto você recebe por mês e, numa terceira coluna, os gastos emergenciais. “É muito importante que a pessoa tenha noção do que ela gasta, o que ela tem de renda e quanto ela pode guardar para um momento emergencial. Só com essa visão é possível procurar alternativas de investimentos. No fim do dia, o valor que ela ganha mensalmente precisa ser maior do que o que ela gasta, para que possa começar a se organizar e, depois, investir”, explica Clara.

2 – Atenção ao cartão de crédito
“O cartão de crédito tanto pode ser o melhor amigo das nossas finanças, quanto ele
pode ser o maior vilão. A pessoa não pode enxergar o cartão de crédito como uma segunda renda”, alerta Clara.

Quando a pessoa tem organização suficiente para entender o cartão como um aliado de compras maiores e parceladas, por exemplo, ele pode ser uma excelente ferramenta se a pessoa souber se planejar. “Não existe problema em você utilizar o cartão de crédito como um facilitador para conquistar os bens, o problema mora quando a pessoa usa o cartão como se fosse um saldo em conta adicional”.

Quem já está endividado ou tem o hábito como uma segunda renda ainda tem saída. A primeira é pegar todas as dívidas que a pessoa tem no cartão de crédito e entender o tamanho do problema. “Assim, a pessoa consegue entender se vai dar para pagar a dívida com aquele parcelamento que a pessoa fez. Se não for possível pagar, a pessoa deve parcelar tudo conforme for possível arcar”, orienta Clara.

Muitas pessoas ficam em dúvida sobre se é mais vantajoso parcelar o cartão de crédito ou pegar um empréstimo para pagar o cartão de crédito. “A pessoa precisa avaliar qual é a taxa de juros mais baixa, e é muito importante entender que não adianta parcelar o cartão de crédito com um valor de parcela que a pessoa não vai conseguir cobrir. Isso só vai gerar mais custo e mais endividamento”, alerta.

Atenção! É muito importante levar em conta não apenas o parcelamento do cartão, mas, também, as outras parcelas com as quais a pessoa precisa arcar, como parcela de moto, casa e outras.

3 – Saiba onde quer chegar e estabeleça uma meta financeira

É necessário saber onde se quer chegar e estabelecer uma meta financeira. Seja uma viagem, adquirir um imóvel, um carro, o que a pessoa quiser. Saber em qual valor a pessoa quer chegar e em quanto tempo, é fundamental para avaliar se aquela meta é alcançável.
“Se eu não fizer isso, é bem possível que eu acabe desistindo no meio do caminho, caso a minha meta de reserva mensal não esteja dentro da minha realidade. Para começar a investir é fundamental saber o que você quer, em quanto tempo e quanto pode desembolsar até lá”.

Entender se a meta é de curto, médio ou longo prazo, é o que vai determinar as opções de investimento.

4 – Invista em um lugar seguro

Escolher uma instituição de confiança para investir o dinheiro que vai te ajudar a realizar seus sonhos é muito importante. Mas atenção: ser de confiança não significa ter uma agência onde você converse pessoalmente com o gerente. “É muito importante quebrar essa barreira digital”’, alerta Clara.

“Abrir uma conta na corretora XP leva cinco minutos, é uma conta gratuita e você tem assessoria gratuita com investimentos a partir de R$ 100”, sugere.

Comments