Whoopi Goldberg, 67, foi acusada de repetir comentários ofensivos sobre o Holocausto durante uma entrevista ao The Sunday Times no último final de semana, quando promovia o filme “Till – A Busca por Justiça“, em Londres. Com a repercussão, ela deu uma declaração ao portal Deadline na noite desta terça-feira (27) para explicar o ocorrido.
A atriz explica que, na entrevista, ela estava apenas relatando o que contou no início deste ano. “Recentemente, enquanto trabalhava para a imprensa em Londres, fui questionada sobre meus comentários do início deste ano. Tentei transmitir ao repórter o que havia dito e por quê, e tentei recontar aquele momento. Nunca foi minha intenção parecer que estava redobrando comentários ofensivos, especialmente depois de conversar e ouvir pessoas como rabinos e velhos e novos amigos pesando”, disse ao portal.
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A estrela também disse que ainda está aprendendo muito. “Ouvi tudo o que todos disseram para mim. Acredito que o Holocausto foi sobre raça, e ainda lamento tanto agora quanto na época por ter chateado, magoado e irritado as pessoas. Minhas sinceras desculpas novamente, especialmente para todos que pensaram que isso era uma nova reformulação do assunto. Eu juro que não foi. Nesta época de crescente anti-semitismo, quero ser muito claro quando digo que sempre estive com o povo judeu e sempre estarei”.
Entenda o caso
Em janeiro deste ano, Whoopi Goldberg gerou polêmica entre a comunidade negra e judaica ao dizer que o Holocausto “não era sobre raça”, no programa The View, do qual ela é co-apresentadora.
O assunto aconteceu devido ao HQ Maus, proibido por um conselho escolar do Tennessee, que retrata judeus como ratos e nazistas como gatos, ganhou vários prêmios literários. Segundo a escola, o livro foi banido por ter linguagem imprópria, nudez e representação de suicídio, inadequados para crianças de 13 anos.
Whoopi disse: “Estou surpresa que isso tenha deixado vocês desconfortáveis, o fato de haver alguma nudez. Quero dizer, é sobre o Holocausto, o assassinato de seis milhões de pessoas, mas isso não incomodou vocês?”, e em seguida argumentou que “a desumanidade do homem em relação a outro homem”.
Já neste último sábado (24), a atriz tentou argumentar novamente sobre o caso para o The Sunday Times: “Meu melhor amigo disse: ‘Não é à toa que não há nenhuma caixa no censo para a raça judaica. Isso me leva a acreditar que provavelmente não somos uma raça’” , disse.