A Justiça de São Paulo decretou a expulsão de Elisabeth Morrone e seu filho do condomínio na Barra Funda, Zona Oeste da capital, após se envolverem em um incidente de racismo contra o humorista Eddy Júnior. A decisão foi proferida pela juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível, que estipulou um prazo de 90 dias para que Morrone e seu filho deixem o local devido ao “comportamento antissocial”.
“O comportamento antissocial em questão restringe o direito de propriedade dos demais condôminos do edifício. E a impossibilidade de se conviver harmonicamente no condomínio permite que os condôminos adotem medidas de restrição ao direito de propriedade do antissocial, além daquelas previstas no artigo 1.337 do Código Civil”, declarou a juíza.
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A expulsão de Morrone do edifício já havia sido decidida em uma assembleia de condomínio, e a juíza reconheceu a legitimidade da decisão da maioria dos condôminos, determinando que ela fosse confirmada judicialmente.
Outro processo está em andamento contra a aposentada, após denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Neste caso, Morrone foi formalmente acusada pela Justiça de injúria racial e ameaça.
RELEMBRE O CASO
O humorista Eddy Jr. divulgou um vídeo no dia 18 de outubro, sendo alvo de ataques racistas da vizinha Elisabeth Morrone no condomínio. Ela se recusa a pegar o mesmo elevador que ele e aparece nas imagens o xingando de “macaco, imundo, feio, urubu, neguinho, um perigoso que não merece morar aqui”.
Com a repercussão da publicação, novas imagens das câmaras de segurança do prédio foram divulgadas, em que o filho da Elisabeth, aparece duas vezes durante a madrugada, em frente ao apartamento do Eddy Jr, segurando uma faca e uma garrafa.
Mais de um mês depois do flagrante e sem prestar depoimento à polícia, a aposentada apresentou uma defesa, alegando que não se lembra da confusão porque estava sob efeito de medicamentos.