O ex-lutador Vitor Belfort e sua esposa, Joana Prado, publicaram um vídeo nas redes sociais nesta semana, para atacar o Carnaval e reforçar discursos racistas contra religiões de matriz africana. No registro, o casal, que se declara evangélico, afirma que a festa faz “invocação aos demônios” e faz referências pejorativas a práticas espirituais de origem africana. “Envolve muito a cultura da macumba, envolve uma cultura espírita. Não é um lugar que pode misturar”, diz Belfort.
Joana Prado, que já foi Musa no Carnaval e ficou conhecida como a “Feiticeira” nos anos 2000, usou discursos bíblico para associar ao discurso intolerante. “Imoralidade, excessos, idolatria e um afastamento dos princípios bíblicos. Como cristãos, somos chamados a viver de maneira santa e separada do mundo. O carnaval pode até parecer ‘só uma festa’, mas será que convém para alguém que foi comprado pelo sangue de Cristo?”, declarou.
Notícias Relacionadas

Após diversos internautas criticarem a postura do casal nas redes sociais, Joana voltou a falar sobre o assunto nos stories do seu Instagram, nesta quinta-feira (27), dizendo que não é intolerante religiosa, mesmo após o casal acusar as religiões afro de invocar demônios no Carnaval. “Tem aquele povo, que fala que a gente começou a denegrir outras religiões, ai que preguiça. Pior que eu acho que tem gente que fica triste, né, com todas essas coisas”, inicia o vídeo.
“Em nenhum momento eu e o Vitor falamos mal de nenhuma religião, agora, o que a gente comentou ali foi que realmente o Carnaval é uma festa da carne. Existe sim consagração para outros deuses, todo mundo que conhece a história do Carnaval, não é segredo para ninguém. Existe ali sim entidades que são recebidas. Cada um é livre para fazer o que quiser, tá? Agora, um cristão não pode de jeito nenhum participar de uma festa dessa”, declara desta vez.
O racismo religioso é crime no Brasil, conforme previsto na Lei nº 14.532/2023. Casos como esse podem ser denunciados pelo Disque 100, canal de Direitos Humanos do governo federal, ou diretamente no Ministério Público, delegacias especializadas e na Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.
Notícias Recentes
