Mundo Negro

Vídeo mostra ação policial que matou mulher negra grávida de 21 anos nos EUA 

Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira, 1, a polícia de um município na região metropolitana de Columbus, capital do estado americano de Ohio, nos EUA, divulgou imagens da câmera corporal de um policial que atirou e matou uma mulher negra grávida enquanto ela estava dentro de seu carro no estacionamento de um supermercado na semana passada.

A vítima, identificada como Ta’Kiya Young, de apenas 21 anos, foi morta em um incidente que tem gerado protestos e uma investigação sobre o uso de força letal pela polícia em Blendon, uma localidade com cerca de 10 mil habitantes a nordeste de Columbus. O bebê da jovem não sobreviveu.

O vídeo divulgado mostra o momento em que um dos policiais se aproxima de Young, que estava atrás do volante de um carro estacionado, após receber uma denúncia de furto de bebidas alcoólicas. O oficial bate na janela e pede repetidamente que ela saia do veículo. A situação se agrava quando um segundo policial se coloca à frente do carro, ordenando que ela saia, e saca sua arma quando Young vira o volante.

O episódio resultou em um disparo que atingiu a jovem, cujo veículo colidiu com a parede do centro comercial. Mesmo após ser levada para o hospital, Ta’Kiya Young foi declarada morta. A família da vítima, em comunicado, classificou a morte como “não apenas evitável, mas também um grave abuso de poder e autoridade.”

O chefe de polícia de Blendon, John Belford, lamentou a tragédia e colocou ambos os policiais envolvidos em licença administrativa remunerada. Belford ainda não divulgou os nomes dos agentes, alegando que eles e Young eram “possíveis vítimas de crime” cujas identidades não podem ser reveladas sem autorização judicial.

A NAACP de Columbus, uma das principais organizações de defesa dos direitos civis nos Estados Unidos, exige a demissão do policial que disparou no vídeo. Manifestantes se reuniram em frente ao supermercado onde o incidente ocorreu para protestar contra a morte de Young e pedir justiça.

A investigação sobre o caso continua em andamento, e os resultados serão enviados ao promotor do condado para determinar se haverá acusações criminais. O advogado da família Young alega que o policial violou a política do departamento, que estabelece que agentes devem tomar medidas razoáveis para sair do caminho de um veículo em vez de atirar, e que Young não havia furtado nada da loja, segundo uma testemunha.

Com informações do The New York Times

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