A vereadora Benny Briolly (PSOL) comunicou através de seu Twitter que deixou o Brasil após receber ameaças à sua integridade física. A vereadora negra e trans, foi a primeira trans eleita pelo Município de Niterói.
Briolly já havia relatado ter sofrido por transfobia, racismo e tentativa de agressão física pelo vereador Douglas Gomes (PTC). No comunicado publicado na noite desta quarta-feira a equipe de comunicação relembrou o episódio: “No microfone, o referido vereador incitava seus eleitores a atacar a vereadora Benny. Sob xingamentos e ameaças, a parlamentar eleita precisou ser retirada da Câmara escoltada pela Guarda Municipal, que foi acionada por outros vereadores para assegurar sua integridade física”, explica a publicação.
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Em dezembro, após as eleições, vereadoras trans e negras receberam diversas ameaças, entre elas um e-mail que tinha o mesmo remetente que dizia: “Eu juro que vou comprar uma pistola 9mm no Morro do Engenho e uma passagem só de ida para Curitiba e vou te matar.” A mensagem foi encaminhada para Ana Lúcia Martins (PT), primeira mulher negra eleita para vereadora em Joinville (SC). As vereadoras trans Duda Salabert (PDT), de Belo Horizonte, e a própria Benny Briolly.
Outra mensagem recebida por Briolly dizia que desejava que “a metralhadora de Ronnie Lessa a atingisse”. A nota divulgada deixa claro que a vereadora não abriu mão do mandato: “Para assegurar sua vida, o PSOL precisou tomar uma medida drástica de tirar Benny do país. O que é absurdo e incompatível com o Estado democrático. Benny segue acompanhando as sessões plenárias da Câmara Municipal de Niterói, que por conta da Pandemia estão sendo virtuais”.