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UCLA recebe turma formada 100% por mulheres negras brasileiras para formação, em colaboração do Conselheira 101

Turma 100% formada por mulheres negras brasileiras na UCLA, em colaboração com o Conselheira 101 (Foto: Divulgação)

Inédito! A UCLA Anderson School of Management (Universidade da Califórnia), nos Estados Unidos, realiza pela primeira vez, de forma presencial, o curso do programa ‘C101 – Women in Governance’, com a colaboração do Conselheira 101, e recebe um grupo 100% formado por mulheres negras brasileiras. Hoje foi realizado o primeiro dia de aula e o Mundo Negro teve acesso exclusivo as fotos da turma.

Com o objetivo de ampliar o conhecimento de mulheres negras e indígenas em cadeiras de conselhos administrativos, a formação internacional e de impacto busca desenvolver habilidades, competências e perspectivas necessárias para uma liderança feminina transformadora.

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“É um curso extremamente inédito na forma presencial, exclusivo e desenvolvido especialmente para o Conselheira 101. Está sendo um marco não só para o Conselheira 101, mas também para a UCLA, que é uma das maiores referências em cursos de governança. Especificamente esse curso ‘Women in Governance’, que está tendo uma configuração de sair do modelo online e ir ao presencial, para um grupo de mulheres negras e indígenas brasileiras”, diz Jandaraci Araujo, co-fundadora do Conselheira 101, para o Mundo Negro.

O programa imersivo, que iniciou neste mês, apresentará ao longo dos cinco dias conteúdos sobre funções e responsabilidades dos conselhos administrativos; capacidades de persuasão e influência para ser um membro efetivo da direção e estratégias individualizadas para a construção de redes e conexões. Ao final do curso haverá a cerimônia de entrega dos certificados.

Foto: Divulgação

“[Para] muitas mulheres que estão aqui conosco, é a primeira vez que elas estão vindo para os Estados Unidos e para estudar numa universidade que é referência mundial, uma das melhores do mundo em termos de negócios. Então, isso vai ser um grande divisor de águas, pois, a partir dessa certificação, elas se habilitam também a concorrerem a vagas em boards internacionais. Um grande marco para além das oportunidades no Brasil. Todas as aulas são em inglês e sem tradução. Então a gente sai desse lugar de que não existem mulheres negras qualificadas em altas posições e com habilidades para estarem em conselhos de alta referência no Brasil e no mundo”, completa Jandaraci.

O relatório ‘Panorama Mulheres 2023’, realizado pelo Talenses Group e Insper, revela que no Brasil as mulheres representam 21% em conselhos administrativos e 17% em cargos de presidente. Desde o primeiro ano da pesquisa, em 2017, houve um aumento nesse percentual, que era de 10% nos conselhos e 8% como CEOs. Com o recorte racial, essa representatividade reduz ainda mais, segundo o Instituto Ethos, apenas 4,2% dos conselhos administrativos das empresas é composto por mulheres negras.

Desde o início do Conselheira 101, em 2020, o programa já impactou 105 executivas negras e indígenas, sendo que 47% das participantes conquistaram posições em conselhos e também comitês de assessoramento. Além disso, 53% tiveram, também, relevantes movimentações na carreira executiva.

O projeto, sem fins lucrativos, tem o apoio do  Consulado dos Estados Unidos, KPMG, Women Corporate Directors Foundation (WCD), B3, Oliver Press, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Machado Meyer Advogados e Harpy Eagle.

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