Um estudo inédito calculou quanto custa a desigualdade racial no Brasil. De acordo com o levantamento, trabalhadores negros deixam de receber R$ 103 bilhões por mês devido à desigualdade, sendo R$ 14 bilhões atribuídos exclusivamente ao racismo. As diferenças restantes dos salários são associadas a outros fatores, como educação, tipo de emprego e local de moradia.
Do montante da massa salarial perdida, R$ 61,67 bilhões deixaram de ser recebidos pelos homens negros e R$ 41 bilhões pelas mulheres negras.
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Os dados foram levantados pelo estudo “O custo salarial da desigualdade racial”, lançado nesta quinta-feira, 29, pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper (NERI), do Insper, a partir da PnadC (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
Os economistas calcularam qual seria a soma de todos os rendimentos dos profissionais negros caso recebessem salário igual aos brancos, com o mesmo nível de empregabilidade. levando em consideração as vagas, informais e outras modalidades de trabalho, como os que atuam por conta própria, e pessoas fora do mercado de trabalho, com idades entre 25 a 65 anos.
O salário médio de homens negros sendo comparado entre o segundo trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024, é 42% menor que o de brancos (R$ 2.858 ante R$ 4.956). Entre as mulheres, essa diferença é de 40% (R$ 2.278 ante R$ 3.813).
O estudo contou com o apoio da Open Society Foundations e foi realizado pelos pesquisadores Alysson Portella, Michael França e Rodrigo Carvalho.
Fonte: Folha de S. Paulo (Leia matéria completa aqui)