O ex-ministro de Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, passou o último fim de semana em um terreiro de candomblé, buscando acolhimento espiritual em meio a um tumultuado período pessoal e profissional, de acordo com a colunista do jornal Folha de S. Paulo, Monica Bérgamo. A decisão de se retirar para o local de práticas religiosas surge após a revelação de denúncias de assédio sexual que resultaram em sua demissão do cargo.
Segundo a colunista, amigos próximos de Almeida relataram que o ex-ministro se encontra em um estado de profunda tristeza e exaustão, quase sem forças para interagir. De acordo com essas fontes, Almeida recebeu uma série de visitas de amigos com o objetivo reanimá-lo e prestar apoio emocional.
Notícias Relacionadas
Além do suporte espiritual, a prioridade do círculo mais próximo de Silvio Almeida é organizar uma equipe de profissionais, incluindo advogados, para auxiliar na sua defesa e na organização de sua estratégia legal. Apesar da negativa do ex-ministro sobre as acusações, a situação exige um preparo meticuloso para o que está por vir.
Silvio Almeida mantém sua posição de que nunca assediou sexualmente nenhuma mulher, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. A ministra relatou que Almeida a importunou em várias ocasiões, com toques inapropriados e comentários ofensivos. Embora Anielle Franco não tenha formalizado uma denúncia inicialmente, ela confirmou a acusação após a publicação do caso pelo portal Metrópoles. Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu demitir Almeida.
Em uma nota divulgada na sexta-feira, 6, Almeida anunciou sua decisão de pedir demissão para garantir “total liberdade e isenção” durante as investigações.