Mundo Negro

Silvio Almeida defende fala de Lula sobre Israel: “governo extremista de Israel quem promove o massacre, não a comunidade judaica”

Foto: Ricardo Stuckert / PR Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em texto publicado nas redes sociais nesta terça-feira, 20, o Ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, defendeu as declarações de Lula sobre o conflito na faixa de Gaza, quando o presidente comparou a ofensiva do exército de Israel contra o Hamas, que matou milhares de palestinos, ao Holocausto Judeu. O Ministro afirmou:”É importante que se frise o seguinte: é o governo extremista de Israel quem promove o massacre, e não a comunidade judaica, como os oportunistas e semeadores do ódio de dentro e de fora do Brasil tentam fazer parecer.”

Durante a 37ª Cúpula da União Africana, realizada em Adis Abeba, na Etiópia, Lula fez uma declaração, dizendo que “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”. As palavras do presidente do Brasil causaram uma crise diplomática entre o governo brasileiro e o de Benjamin Netanyahu. O primeiro-ministro de Israel classificou como “vergonhosas” e “graves” as palavras de Lula e acusou o brasileiro de “banalizar o Holocausto”.

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Ao defender o presidente, Silvio Almeida publicou parte do discurso de Lula que dizia: “Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população”.

“Em nenhum momento o Presidente Lula manifestou-se contra o povo de Israel ou contra a comunidade judaica. Pelo contrário: Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional, que se unem ao Brasil na exigência pelo cessar-fogo diante do Conselho de Segurança da ONU”, afirmou o ministro.

Ele contou ainda que o Brasil deve “reiterar suas posições pela solução pacífica dos conflitos” durante participação na 55a Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, do qual o país é membro eleito.

O conflito na Faixa de Gaza começou no dia 7 de outubro, quando o Hamas bombardeou Israel através de um ataque surpresa que foi considerado pelo movimento islâmico como uma operação para retomada de território. Muitos israelenses foram mortos e outros ainda estão mantidos como reféns do grupo. Desde então, o exército de Israel, que tem um grande poder bélico, mantém uma ofensiva com bombardeios e ataques por terra contra o Hamas que já matou quase 30 mil palestinos que viviam na Faixa de Gaza. Além de ter deixado quase 69 mil feridos.

O Comitê para Proteger Jornalistas (CPJ sigla em inglês para Committee to Protect Journalists), afirmou que 99 jornalistas e trabalhadores da mídia já foram mortos nos três primeiros meses da guerra.

O apelo para o cessar-fogo vem da União Africana, da Anistia Internacional e de Organizações Não Governamentais, que esperam uma solução pacífica para o conflito que atinge, principalmente, mulheres e crianças. O presidente da União Africana, Azali Assoumania afirmou que “Em nome do meu país [“Em nome do meu país, apoiei a queixa que a África do Sul apresentou à Corte Internacional, denunciando o genocídio que Israel está cometendo na Palestina”], apoiei a queixa que a África do Sul apresentou à Corte Internacional, denunciando o genocídio que Israel está cometendo na Palestina”, disse ele durante a 37ª Cúpula da União Africana.

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