Em outro caso bárbaro, dessa vez em São Gonçalo, Rio de Janeiro, um sargento da Marinha, identificado como Aurélio Alves Bezerra, atirou contra o vizinho após confundi-lo com um ladrão. Crime aconteceu no final da última quarta-feira (2). A vítima, identificado como Durval Teófilo Filho, de 38 anos, voltava do trabalho, quando foi atingido por três tiros na barriga. Durval chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.
O sargento, que foi preso em flagrante, contou que estava chegando em casa, na Rua Capitão Juvenal Figueiredo, quando viu um homem se aproximar de seu veículo de forma rápida. O autor então, segundo relato, efetuou um disparo enquanto estava dentro do carro, e depois outros dois, já do lado de fora do automóvel. Após os tiros, com Durval no chão, ele viu que o homem não estava armado.
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Ainda ferido, Durval teria dito que era morador do mesmo condomínio que o sargento, e, assim como ele, só estava tentando entrar em casa. O autor dos disparos socorreu a vítima e o levou para o Hospital Estadual Alberto Torres, contudo, apesar dos esforços médicos, Durval não resistiu aos ferimentos.
Indignada e chocada com o crime, Luziane Teófilo, esposa de Durval, declarou à polícia que escutou os tiros disparados pelo sargento. Segundo ela, o marido morreu porque era negro.
“Tenho certeza de que isso aconteceu porque ele [Durval] é preto. Mesmo eles falando que ele era morador do condomínio, o vizinho não quis saber. Para mim, foi racismo sim“, conta ela. “A médica me falou que ele tinha sido alvejado por um vizinho que o confundiu com um bandido. Isso me deixou transtornada. Eu nunca pensei que isso fosse acontecer com um vizinho nosso. A minha filha, que tem 6 anos, estava esperando por ele. Imediatamente ela olhou pela janela e disse que era o pai dela”, contou.
O sargento foi preso, em flagrante, por policiais da Divisão de Homicídios de São Gonçalo. O corpo de Durval foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), de Tribobó.