Mundo Negro

São Paulo terá Guia de Turismo Religioso de Matriz Africana para valorizar cultura e tradições

Ato Solene realizado na Alesp em 2024 para celebrar o Dia Nacional das Religiões de Matrizes Africanas/ Foto: Alesp

Na última terça-feira (18), as secretarias de Turismo e Viagens (Setur-SP) e de Justiça e Cidadania (SJC), por meio do Fórum Inter-Religioso para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença, firmaram uma parceria para o desenvolvimento do Guia de Turismo Religioso de Matriz Africana do Estado de São Paulo. A iniciativa tem como objetivo dar visibilidade aos espaços religiosos de origem africana, valorizando a cultura e as tradições.

Durante evento realizado no auditório do Palácio dos Campos Elíseos, na capital paulista, estiveram reunidos representantes de entidades religiosas e especialistas do setor turístico para mapear entidades religiosas de matriz africana em todo o Estado, incluindo tradições como Candomblé, Umbanda, Cultura e Culto Òrunmìlá Ifá, Jurema Sagrada e Xamanismo, incluindo suas diversas ramificações e características locais. O trabalho será realizado com a supervisão do Fórum para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença.

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O levantamento será a base para a construção do Guia de Turismo Religioso de Matriz Africana, que deve concentrar informações essenciais para que agências de turismo e operadoras possam estruturar roteiros turísticos, além de fornecer orientações para os visitantes e fomentar investimentos e negócios no setor. A proposta também tem como objetivo aumentar o reconhecimento desses espaços, valorizando as contribuições das religiões de matriz africana para a cultura e a história do Estado de São Paulo.

De acordo com a secretaria de Justiça e Cidadania, o turismo religioso movimenta cerca de 20 milhões de viagens e gera mais de R$ 15 bilhões em receita anualmente, sendo considerado um dos segmentos turísticos de maior crescimento no Brasil. “Estas religiões há muito tempo sofrem com estigmatização e preconceito. Este é um passo importante para romper com esses estigmas, garantindo que esses lugares sejam reconhecidos e respeitados pela sua importância espiritual, cultural e social”, afirmou Vânia Soares, secretária-geral do Fórum Inter-religioso.

Alguns critérios foram estabelecidos para que os espaços religiosos possam ser incluídos no guia, como: infraestrutura física e digital (site e/ou redes sociais) para recepção de visitantes e fornecimento de informações, contar com um responsável designado para o atendimento aos visitantes e disponibilizar um roteiro ou apresentação estruturada sobre o funcionamento do espaço. Os locais deverão possuir Membros titulares do Fórum Inter-religioso, presentes em diversos municípios do Estado, fornecerão dados sobre esses locais, como casas, templos, centros culturais e outros estabelecimentos.

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