Celebrar nossas vitórias é tão importante quanto pontuar os problemas a serem resolvidos, e, se tem um conselho ou apontamento necessário para levar para 2025, é: celebre as suas conquistas continuamente!
Somos seres movidos às demandas do dia a dia. A nossa história e tudo que vivenciamos para chegar até aqui acabam sendo atropelados por outros acontecimentos. Lutar por seu lugar de direito desde cedo faz parte da nossa trajetória. A realidade, muitas vezes, nos ensina a ser apenas práticos e objetivos, mas sonhar, sentir, realizar e comemorar fazem parte do processo e nos mantém vivos, com tudo o que a palavra representa.
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No dia 20 de novembro, comemoramos o Dia da Consciência Negra, Dia de Zumbi dos Palmares e — este ano, pela primeira vez, feriado nacional — Lei Nº 14.759/2023. A importância desse acontecimento é a soma da luta dos nossos ancestrais e representa avanços notórios para uma reflexão de como se deu a escravidão e a abolição da escravatura no Brasil e como o racismo e o preconceito afetam os povos negros e originários e impedem o avanço social e econômico do país.
Quero ressaltar que essa reflexão não deve ficar apenas nesse lugar de dor e das consequências do racismo, e sim de toda às nossas vitórias pessoais e coletivas, que vão desde o aumento exponencial em lugares de destaque na política e em cargos de gestão como também das medalhas de ouro conquistadas por Rebeca Andrade (ginástica olímpica) e Beatriz Souza (judô) nas Olimpíadas de Paris 2024. É sempre bom frisar que são menos de 140 anos desde a abolição da escravatura e quase 400 anos de escravidão, e que nossos saberes e força perpassam as mazelas que nos foram impostas.
Estar aqui compartilhando com vocês a minha história representa este avanço que contempla as mulheres da minha família, a quem agradeço pela parceria, em especial a minha sobrinha Carol Prates, diretora de Transformação Corporativa na RM Cia 360, que tem contribuído ativamente para a implementação da equidade e da sustentabilidade nas empresas.
“Promover uma sociedade mais diversa e inclusiva é o meu propósito e faz parte da minha trajetória profissional e pessoal. Acredito firmemente no poder de transformar o ambiente corporativo por meio da educação e da sustentabilidade. Nossas iniciativas visam não apenas resultados comerciais, mas também um impacto social profundo e duradouro. Impactamos a vida de muitas pessoas em 2024, e estamos dispostos a seguir alcançando essas potências para que a diversidade no meio corporativo seja gradativa, e a economia cresça exponencialmente”, comenta Carol.
Estar aqui compartilhando com vocês a minha história representa um avanço que contempla as mulheres da minha família, a quem agradeço pela parceria. Em especial, a minha sobrinha Carol Prates, diretora de Transformação Corporativa na RM Cia 360, que tem contribuído ativamente para a implementação da equidade e da sustentabilidade nas empresas.
Todos os caminhos que percorri me apontaram para uma vida que pensasse o coletivo. Tornar-me a primeira mulher negra a ocupar a cadeira número um em multinacionais e no mercado de luxo foi também um lugar de aprendizados, parcerias e compartilhamentos constantes. Hoje, somos 3% em cargos executivos no Brasil, dentre os quais, o portal Trace TV Brazil destaca outras sete mulheres: Nina Silva — CEO e sócia fundadora do Movimento Black Money e D’Black Bank; Nadja Brandão — Diretora Executiva da Reprograma; Adriana Barbosa — Fundadora da Feira Preta, evento de cultura e empreendedorismo, e diretora-executiva da PretaHub; Juliana Oliveira — CEO e fundadora da Oliver Press; Viviane Elias Moreira — executiva de alta gestão; Jandaraci Araújo — Cofundadora do Conselheira 101; e Marta Celestino — CEO da Ebony English. Estamos atentos para evidenciar nossos saberes para que os resultados das nossas conquistas alcancem as novas gerações.
“Uma sobe e puxa a outra” é o nosso mantra. Estamos certas de que nossas ações e representação na sociedade fazem a diferença para quem está chegando, e é por isso que seguimos perseverantes e fortes na promoção do conhecimento contínuo e da equidade. Celebramos nossos pais, avós e ancestrais, que nos ensinaram a arte de seguir firmes, e acredito que o nosso legado será um marco na arte de apreciar as nossas conquistas. Que em 2025 possamos sorrir sem pudor e desbravar novas oportunidades sem ressalvas. Permitam-se. — Essa é a transcrição fiel ao documento.