No último sábado, 20, Rayssa Leal se tornou campeã pela etapa de San Diego da SLS, principal liga de skate street do mundo. Mas antes da vitória, a jovem de 16 anos também chamou a atenção ao prestar apoio às atletas do futebol feminino, posando para fotos com as mãos na boca.
Nos últimos dias, o gesto repercutiu nas redes sociais por se tratar de uma denúncia contra o ex-técnico Kleiton Lima, da equipe feminina do Santos, por assédio moral e sexual. A diretoria do clube recebeu 19 cartas anônimas com as denúncias, que teriam sido escritas por jogadoras do elenco. Inicialmente afastado, o time anunciou a recontratação do técnico. Mas na semana passada, após as jogadoras do Corinthians protestarem com o gesto em campo para apoiar a outra equipe, e aumentar a repercussão do caso, Lima pediu demissão.
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Em entrevista à TNT Sports, no tapete vermelho do Prêmio Laureus, nesta segunda-feira, 22, Rayssa falou sobre o caso. “As mulheres têm que apoiar as mulheres, sabe? Independente do que seja, no esporte ou na vida mesmo, a gente tem que apoiar. E a gente tem que olhar mesmo para tudo que está acontecendo. Então, não é só um protesto, é bem mais que isso”, disse a medalhista olímpica.
Olímpiadas de Paris
A menos de 100 dias dos Jogos Olímpicos de Paris, Rayssa também prometeu novidades nas manobras. “Cada dia a gente aprende uma manobra nova, porque o skate é meio que isso, toda hora a gente vai tentar uma manobra, encaixa outra sem querer e aí a gente começa a aprender essa novidade. Então, com certeza vocês vão ver manobras muito doidas, que a gente não está soltando os campeonatos ainda”, revelou.
E completou: “Agora [com torcida e pós pandemia], que caiu a ficha do peso de estar nas Olimpíadas, sabe? Vai estar minha família inteira, eu só quero chegar lá, dar o meu melhor, me divertir, acertar minhas manobras e, se tudo der certo, claro, ganhar uma medalha de ouro para o Brasil. Pode vir qualquer uma também, mas a de ouro é o que a gente quer”.