Faleceu na noite da última quarta-feira, 3, no Rio de Janeiro, o intérprete Malquisedeque Marins Marques, conhecido como “Quinho do Salgueiro”, aos 66 anos, após sofrer de insuficiência respiratória. A notícia foi compartilhada pela escola de samba ‘Acadêmicos do Salgueiro”, que lamentou a perda do ícone do carnaval carioca: “um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval”.
Após passar mal, Quinho, que fazia tratamento contra um câncer de próstata, foi levado na noite de quarta-feira ao Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, mas de acordo com o hospital, ele teria dado entrada na unidade já em óbito. Segundo informações compartilhadas pelo Salgueiro, o sambista morreu de insuficiência respiratória.
Nas redes sociais do Salgueiro, a escola lembrou a parceria com Quinho do Salgueiro, que começou nos anos 90: “Quinho não foi apenas um intérprete talentoso; ele foi a voz que ecoou em cada conquista, em cada desfile, e que se entrelaçou intimamente com a alma do Salgueiro. Desde o início, nos anos 90, quando liderou o samba “Peguei um Ita no Norte”, até seu retorno triunfante em 2003 e a gloriosa vitória em 2009 com o enredo “Tambor”.
O intérprete participou do desfile de 2009, que deu a vitória do carnaval do Rio de Janeiro à Salgueiro, com o enredo “Tambor”.
“Quinho não era apenas um cantor, mas um poeta que traduzia em notas a essência da nossa escola. Seu retorno em 2018, compartilhando o microfone com Emerson Dias, foi mais do que uma volta”, escreveu.
O sambista Arlindinho, filho de Arlindo Cruz publicou um vídeo nas redes sociais lamentando a morte de Quinho: “Logo no ano que eu ganhei meu samba, Quinho. Descanse em paz, meu ídolo. Axé”, disse o músico que integra a ala de compositores da Salgueiro.
O velório de Quinho do Salgueiro está programado para começar hoje às 15h, na quadra da Acadêmicos do Salgueiro, em Andaraí, na zona norte do Rio de Janeiro, até às 20h. O sepultamento vai ocorrer na sexta-feira, das 9h às 13h, na Capela C do Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.