Mundo Negro

Quênia investe US$ 3,9 milhões para disputar sede da primeira Academia Africana do Grammy

Foto: reprodução

O governo do Quênia anunciou um investimento de US$ 3,9 milhões (cerca de Ksh 500 milhões) para disputar a primeira Academia Africana do Grammy, iniciativa inédita que visa impulsionar a indústria musical e cultural do continente. O país se posiciona como candidato a receber um hub permanente da Recording Academy, reforçando seu compromisso com o desenvolvimento da música africana e a formação de novos talentos.

Ao contrário do que muitos imaginaram, o valor não se refere à realização da cerimônia anual do Grammy Awards, que continua ocorrendo nos Estados Unidos. O investimento destina-se à criação de uma base oficial da Recording Academy na África, um centro voltado para treinar artistas, fortalecer a infraestrutura criativa e conectar talentos africanos às redes internacionais do setor musical.

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O espaço proposto para o projeto é o Konza Technopolis, cidade inteligente em construção a 60 km de Nairóbi. Lá, a Academia Africana do Grammy poderá oferecer cursos, workshops, apoio a produção musical e oportunidades de networking que colocarão o continente em destaque no cenário global da música.

Segundo o governo, o valor pago representa um depósito de candidatura. Caso o Quênia não seja escolhido como sede — concorrendo com países como Nigéria e África do Sul —, o montante será devolvido. Mesmo assim, a iniciativa já sinaliza a determinação do país em ocupar um papel central na indústria criativa africana.

Para o Quênia, sediar a Academia Africana do Grammy significa mais do que status internacional: é um passo estratégico para fortalecer a economia criativa, gerar empregos e ampliar a visibilidade da música africana. A medida pode se tornar um marco histórico, posicionando o continente como protagonista no mercado global de entretenimento.

Apesar do entusiasmo, alguns críticos questionam o momento do investimento, argumentando que existem demandas urgentes em outras áreas. Ainda assim, a decisão do Quênia evidencia uma visão de futuro voltada para a valorização da cultura e do talento africano, mostrando que o continente está pronto para escrever seu próprio capítulo na história da música mundial.

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