Mundo Negro

“Qualquer música que eu faça será categorizada como R&B porque sou uma mulher negra”, diz Chlöe Bailey em entrevista

Foto: Danielle Levitt

Em uma entrevista concedida para a revista norte-americana Nylon e publicada no dia 22 de junho, a cantora Chlöe Bailey comentou sobre ter seu estilo musical definido como R&B. Na entrevista, ela destacou que isso acontece por ser uma mulher negra e ainda pontua: “Se alguém que não tivesse o meu tom de pele fizesse a mesma música, estaria nas categorias pop”.

A artista contou que depois de compartilhar uma prévia do single animado “Boy Bye”, no mês de abril, um usuário do ‘X’ (ex-Twitter) escreveu um comentário pedindo a ela que “voltasse ao R&B de verdade” e insinuando que ela estava tentando agradar pessoas brancas. Chlöe afirmou que em seu trabalho sempre experimentou diferentes sons e pontuou que não tem interesse em escolher um estilo. “Qualquer música que eu faça será facilmente e rapidamente categorizada como R&B porque sou uma mulher negra”, disse. “Se alguém que não tivesse o meu tom de pele fizesse a mesma música, estaria nas categorias pop. É assim que sempre foi na vida.”

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Ela lembrou que Whitney Houston também tinha problemas com pessoas que queriam rotular seu estilo musical: “No início de sua carreira, quando ela estava fazendo os grandes discos pop, recebeu muitas críticas por isso: diziam que ela não era negra o suficiente e que não estava atendendo à base que a fez”, relembrou. “Ver como ela perseverou e se tornou uma das artistas mais icônicas e lendárias que já vimos mostra que a música não tem raça, não tem gênero, não tem nada disso. É apenas um sentimento e uma vibração. E é por isso que eu fiquei muito orgulhosa de Beyoncé fazer Cowboy Carter, porque os negros originaram a música country. Está mostrando que as possibilidades são infinitas.”

Chlöe Bailey lembrou da parceria com a irmã Halle Bailey, com quem dividiu os vocais por muitos anos: “Sou muito grata por ter crescido nessa indústria com minha irmã porque é como uma mentalidade de irmandade [inerente], mas a competição saudável é incrível”, disse. “Isso te impulsiona. Permite que você se torne melhor. É OK celebrar outras mulheres incríveis e também pensar: ‘Tenho que melhorar meu jogo!’”.

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