Em 2024, a primeira turma de alunos negros do curso de Medicina que ingressaram através do programa de cotas-raciais da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) se formou, representando um marco histórico para a universidade. A ação afirmativa foi implementada pela instituição no ano de 2019. Como símbolo dessa conquista, os alunos plantaram uma muda de baobá no câmpus.
Keyla Sacramento, aluna de medicina na universidade, compartilhou o vídeo do momento em que o baobá foi plantado: “Tenho nem legenda para falar o que foi o dia de hoje, é histórico para o movimento negro da nossa universidade e para mim, pessoalmente, conhecendo as pessoas incríveis que estão formando hoje! Temos muito orgulho de vocês, o Brasil não tem nem noção dos médicos incríveis que tá recebendo”, escreveu na legenda.
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A Unicamp, considerada uma das três melhores universidades da América Latina e a segunda mais renomada do Brasil, viu a entrada de estudantes negros em seus cursos saltar de 22% em 2018 para 35% em 2019, após a adoção das cotas. Apesar do avanço, o caminho foi marcado por preconceitos enfrentados pelos alunos ao longo da graduação.
O baobá, árvore de origem africana, é símbolo de vida e pode viver milênios. Além de sua beleza singular e resistência à seca, graças ao tronco que armazena água, possui propriedades curativas e nutricionais que despertam interesse em pesquisas farmacêuticas e cosméticas. No Brasil, seu cultivo ainda enfrenta desafios, sendo mais comum pela germinação de sementes, que exigem preparo especial para quebrar a dormência, como imersão em água quente e lixamento. O plantio demanda solo bem drenado, irrigação equilibrada, adubação anual e deve respeitar distâncias de estruturas. A conscientização sobre seu cultivo pode incentivar a preservação dessa árvore icônica.