Durante discurso para a Escola de Economia de Londres, a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, revelou que o Reino Unido deve ao país caribenho mais de US$ 4,9 trilhões (cerca de R$ 24 trilhões) em reparações pela escravidão. “Não esperamos que os danos reparatórios sejam pagos num ano, ou dois, ou cinco, porque a extração de riqueza e os danos ocorreram ao longo de séculos. Mas exigimos que sejamos vistos e ouvidos”, destacou Mottley.
Os estudiosos dizem que o comércio transatlântico de escravos tirou pelo menos 12 milhões de africanos das suas terras natais e os transportou para colônias europeias entre os séculos XVI e XIX. Em 2022, o o rei Charles III ganhou as manchetes quando expressou seu desejo em falar sobre o papel do Reino Unido durante o período da escravidão.
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“Não consigo descrever a profundidade da minha tristeza pessoal pelo sofrimento de tantos, enquanto continuo a aprofundar a minha própria compreensão do impacto duradouro da escravatura”, disse ele. “Precisamos encontrar novas maneiras de reconhecer o nosso passado. Simplesmente, chegou a hora de falar sobre isso”.
Porém, de maneira efetiva, nem o rei nem o governo do Reino Unido pediram desculpas pelo seu papel no comércio de pessoas escravizadas. A BBC informou que o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, rejeitou o apelo de um membro do Parlamento para que o país europeu pedisse desculpas e se comprometesse com a justiça reparatória. “Tentar desvendar a nossa história não é o caminho certo a seguir”, disse Sunak.