Nós nascemos com pele negra mas a nossa construção étnica enquanto identidade vem com o tempo. Erramos, aprendemos e melhoramos. A cultura negra não é ensinada na escola, de forma que não podemos esperar que brancos saibam sobre a nossas questões, e aí a importância do diálogo.
E foi em uma dessas conversas didáticas, onde brancos surgem com dúvidas sobre negros, que a atriz Cris Vianna e a diretora Maria de Medicis falavam sobre como chamar um pessoa negra informalmente sem ofendê-la. A amiga pergunta, você prefere ser chamada de preta ou pretinha? E Chris responde:
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“Eu adoro ser chamada de preta, mas normalmente são os meus amigos e familiares que me chamam assim. Quando é alguém que eu não conheço, alguém com quem eu não tenho intimidade, prefiro que me chamem pelo meu nome”.
Veja a nota de Maria de Medicis obre o bate papo com Cris Vianna.
Vários sites de celebridades distorceram o Tweet de forma quase desonesta.A mensagem acima se tornou uma pergunta racista da diretora para Cris Vianna, de acordo com o jornal o Dia e várias outras publicações:
“Cris Vianna teria rebatido com classe um comentário racista de Maria de Médicis. A diretora de novelas da TV Globo teria feito uma pergunta racista para a atriz.”
E as redes sociais não perdoaram:
Em nota publicada hoje Cris Vianna esclarece a distorção dos fatos.
“Esse diálogo faz parte de uma conversa entre amigas que se respeitam e se admiram. Uma conversa sempre pautada pelo respeito, pela amizade e pela busca de informações corretas, com propriedade e principalmente com caráter didático. Questionada respeitosamente, pela querida diretora Maria de Medicis sobre como eu espero que as pessoas de dirijam a mim, respondi tão prontamente com total conhecimento de causa, que prefiro ser chamada pelo meu nome. Qualquer interpretação além disso, não traduz a intenção, o carinho, nem a real sororidade daquele momento. Maria de Médicis é uma das mais respeitosas diretoras da Rede Globo. A qual eu admiro e tenho a certeza da reciprocidade. Respeitar para ser respeitada”.
Nesse tipo de distorção, típica de jornalistas que sabem que causar polêmica traz mais clicks do que mostrar uma amiga ajudando a outra, quem perde somos todos nós. Nem todos os brancos são contra negros e têm muitos querendo somar e aprender conosco. Querer um mundo mais igual, justo e gentil é uma pauta de todos.