A Prefeitura de Niterói (RJ) informou, na noite desta quarta-feira (25), que irá arcar com os custos do traslado do corpo da publicitária Juliana Marins, 26, morta após uma queda no vulcão Rinjani, na Indonésia, e sofrer com a negligência nas operações de resgate.
Em publicação nas redes sociais, o prefeito Rodrigo Neves (PDT) afirmou ter conversado com a irmã da brasileira, Mariana Marins, e garantido o apoio da gestão municipal. “Reafirmei o compromisso da prefeitura de Niterói com o translado da jovem para nossa cidade, onde será velada e sepultada. Que Deus conforte o coração da linda família de Juliana e de todos os seus amigos e amigas”, disse.
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Em nota, a administração municipal informou que também será responsável pelos trâmites do sepultamento, que ocorrerá em Niterói, na região metropolitana do Rio.
A decisão ocorre após o Ministério das Relações Exteriores informar que, por lei, não pode custear esse tipo de despesa. Segundo o Itamaraty, a assistência consular não inclui o pagamento de traslado ou sepultamento de brasileiros no exterior, salvo em situações humanitárias.
Diante da negativa, o ex-jogador de futebol Alexandre Pato chegou a se oferecer para financiar o traslado do corpo. A repatriação deve ser organizada nos próximos dias.
O corpo de Juliana foi localizado na terça-feira (24), após quatro dias de buscas, e deve passar por necrópsia nesta quinta-feira (26). Ele foi içado da encosta do vulcão na manhã de quarta-feira (25) e levado ao Hospital Bayangkara.
Relembre o caso
Juliana estava desaparecida desde sexta (20), quando caiu de uma trilha no Monte Rinjani, em Lombok. Segundo familiares, ela tropeçou e escorregou por cerca de 300 metros. Mesmo consciente e com os braços em movimento, não conseguiu sair do local. Foi avistada por turistas horas depois, que alertaram a família com a ajuda de imagens e coordenadas de geolocalização.
Além da negligência denuncia pelos familiares com a demora para resgatarem Juliana, as operações ainda enfrentaram dificuldades por conta da topografia íngreme, das pedras escorregadias e da intensa neblina, o que retardou o acesso das equipes ao local do acidente.
Desde 2020, ao menos oito pessoas morreram e cerca de 180 se acidentaram no vulcão, um dos principais destinos turísticos da Indonésia. Visitantes e especialistas apontam falhas na infraestrutura de segurança, como ausência de sinalização, socorro lento e falta de equipamentos adequados.
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