Mundo Negro

“Pense Como Eles” usa clichê da guerra dos sexos a seu favor com elenco majoritariamente negro

Imagem: Divulgação

De um lado alguns tipos de homens enquadrados em algumas categorias supostamente conhecidas pelas mulheres: “o jogador”(fica com o máximo de mulheres possíveis sem assumir compromisso), “o filhinho da mamãe (não dá um passo sem aprovação da mãe e seus relacionamentos passam pela aprovação dela), “o sonhador” (troca de objetivo constantemente, mas acredita que vai alcançar todos) e por último o que “foge de compromisso (se relaciona há anos com a mesma mulher sem oficializar), acompanhado do “casado feliz” e do “divorciado ainda mais feliz”. Por outro lado, mulheres que que precisam lidar com esses tipos problemáticos de homens ganham uma arma a seu favor: o livro ‘Pense Como Eles’.

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A apresentação do filme começa em pequenas esquetes narradas por Cedric, o divorciado feliz de Kevin Hart. A princípio a comédia usa bem o clichê do homem que não consegue ver as mulheres além dos estereótipos para fazer rir. Todos os atores estão à vontade em seus papéis. O elenco carismático é formado por Kevin Hart, Michael Ealy (Dominic, o sonhador), Taraji P. Henson (Lauren, a executiva independente), Terence J (Michael,o filhinho da mamãe), Jerry Ferrara (Jeremy, o sem compromisso), Gabriele Union (Kristen), Romany Malco (Zeke, o jogador) e Regina Hall (Candace, a mãe solteira).

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A partir do momento em que as mulheres começam a ler o livro que explica o modo de comportamento desses homens que se recusam a amadurecer, o conflito é estabelecido. “O Filhinho da Mamãe” vs. “A Mãe Solteira “O Sem Compromisso” vs. “A Menina que quer compromisso”, “O Sonhador” vs. “A Mulher Dona de si”, “O Jogador” vs. “A Garota da Regra dos 90 dias”.

Como era de se esperar, Kevin Hart rouba a cena com seu timing cômico um pouco histriônico, ainda que pareça que ele está interpretando a si mesmo. 

A impressão que se tem ao assistir o filme dirigido por Tim Story (‘Quarteto Fantástico’) é de estar assistindo a uma grande confraternização entre amigos tamanha naturalidade dos atores em interpretar aqueles tipos. O plot do filme, usando um livro que ensina a controlar homens, pode soar incômodo para quem não entender que o filme é uma paródia desse tipo de publicação e não um endosso. Em determinada passagem Candance e Lauren discutem sobre o livro e Candance  defende entender o ponto de vista dos homens, Laura diz que não precisa de homens para se provar”. Esse balanço nos pontos de vista é interessante, já que no decorrer do filme as amigas se ajudam e amadurecem os pontos de vista uma com a outra.

No núcleo masculino é possível se identificar com as conversas entre os personagens que variam do machismo internalizado a tentativa de mudar comportamentos enraizados, mas sem soar panfletário.

Jogando a favor da história a química entre os casais. Certamente sem isso toda comédia romântica desmoronaria. Infelizmente, o filme estica as piadas mais do que o necessário, perdendo um pouco da graça na parte final. Duas horas de duração é um pouco demais para uma comédia que não tende a inovar. Poderiam ter sido enxugados vinte minutos sem fazer falta ao espectador.

“Pense Como Eles” é uma comédia clichê, leve e divertida, mas com a gordura a mais pode ficar cansativa para alguns.

Disponível na Netflix.

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